Tino Marcos explica saída da Globo e revela planos para o futuro

Tino Marcos participou do podcast 'Flow Sport Clube' na tarde de ontem (09) e comentou sobre sua decisão de sair da Globo após 35 anos na emissora. O carioca, que está prestes a completar 60 anos, mencionou que quer aproveitar seu tempo com sua família.

"Eu estava achando muito chato cobrir a seleção brasileira e sou um cara que gosta de fazer as coisas 'amarradão', com vontade, com tesão, com 100% de empenho, mas também não queria ser aquele coroa que fica falando que no meu tempo as coisas eram legais", disse.

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O jornalista ressaltou que a decisão foi debatida com os responsáveis da emissora e que a pandemia acabou antecipando seus planos. Tino também aproveitou a marca de 30 anos cobrindo a seleção brasileira para encerrar esse capítulo de sua carreira.

"Minha primeira cobertura da seleção foi em 1989 e a última foi em 2019, por isso achei que seria o momento ideal, 30 anos fazendo essa cobertura. Fui conversando com o pessoal da Globo e combinamos que eu ganharia menos e também trabalharia menos, fazendo aquelas matérias especiais, que gosto muito de fazer", comentou.

Só que pouco depois disso veio a pandemia, que acabou antecipando as coisas. Resolvi encerrar esse capítulo justamente para abrir a perspectiva para outras possibilidades e estou super feliz com o resultado da decisão, porque trabalhar menos era o que eu queria, poder ficar mais com a minha família - algo que tive que abdicar um pouco ao longo da carreira
TINO MARCOS

Dentro dessa nova fase da vida,Tino explica que prioriza, a partir de agora, projetos que permitam a ele fazer "as coisas que curte".

"Estou fazendo algumas coisas diversas que as pessoas me convidam, participei há pouco tempo do documentário do Ronaldo com a Dazn. Assim, só faço coisas que eu curto. Já recebi vários convites, fico lisonjeado, outras TVs fechadas me chamaram, mas não quero nada continuado, falando de emprego", citou.

Além disso, o jornalista revelou que gostaria de fazer um documentário, mas que ainda não encontrou uma pauta, um caminho certo, para iniciar o novo projeto.

"Esse documentário pode ser sobre qualquer assunto, tenho a ideia de fazer algo sobre fronteiras urbanas, como Paraisópolis no meio de São Paulo. Também conversei com o Zico sobre fazer um dele, mas ele não pode por questões contratuais", finalizou.