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Série da F1 revela xeique pedindo que Red Bull 'chute a bunda' da Mercedes

Xeique do Bahrein foi flagrado pela Netflix pedindo para chefe da Red Bull vencer a Mercedes - Reprodução/Netflix
Xeique do Bahrein foi flagrado pela Netflix pedindo para chefe da Red Bull vencer a Mercedes Imagem: Reprodução/Netflix

Arthur Sandes

Do UOL, em São Paulo

13/03/2022 04h00

A quarta temporada da série "F1: Dirigir para Viver", que estreou na Netflix na sexta-feira (11), sugere que a categoria inteira tomou parte na polarização entre Mercedes e Red Bull. Chefes de outras equipes e até um xeique do Bahrein abandonaram a neutralidade para revelar alguma satisfação com o retorno da competitividade.

Neste sentido, o diálogo mais impactante é o do chefe da Red Bull, Christian Horner, com o xeique Abdulla Bin Isa Al-Khalifa, de quem se esperaria alguma imparcialidade pelos cargos que ocupa: presidente da Federação Automobilística do Bahrein e um dos vice-presidentes esportivos da FIA. "Chute a bunda deles. Por favor, chute a bunda deles hoje", disse o xeique no final de semana do GP do Bahrein, em frase flagrada pela Netflix.

No geral, a narrativa explorada pela série é de que a Mercedes estaria confortável demais com o domínio absoluto da F1 nos últimos anos —já são oito títulos de construtores seguidos. Neste sentido, o crescimento de Max Verstappen e sua disputa ferrenha com Lewis Hamilton foram bem recebidos.

"A Mercedes domina a F1 há anos, mas já ficou muito tempo no topo. Acho que é a hora de a gente, ou algum outro, dar um basta nisso", projetou Mattia Binotto, o chefe da Ferrari, que ficou na terceira posição da última temporada.

"Já era hora de o Toto [Wolff, chefe da Mercedes] ficar um pouco nervoso e perder o sono à noite. Ele teve sete anos de sono tranquilo, dominando o campeonato, mas não vou ligar se ele sofrer um pouco de pressão", afirmou Gunther Steiner, chefe da equipe Haas.

E Christian Horner, como de praxe, fez de tudo para rivalizar com a Mercedes na pista, no paddock, junto à direção de prova da F1 e também psicologicamente. "Eles nunca sofreram pressão. Nunca tiveram um desafio tão prolongado. Vamos manter assim", diz o chefe da Red Bull, o "novo vilão" da Netflix na ausência de Verstappen.

Em 2021, a Mercedes, de fato, sofreu o maior golpe na Fórmula 1 em oito anos: pela primeira vez no período, não venceu o Mundial de Pilotos junto com o Mundial de Construtores. A equipe tem a chance de retomar o domínio absoluto na nova temporada, que já tem testes na pista e começa para valer na semana que vem —justamente no Bahrein do xeique Al-Khalifa.

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