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Tenistas saem em defesa de Djokovic e apoiam o sérvio após deportação

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Do UOL, em São Paulo

16/01/2022 11h14

Tenistas de diferentes nacionalidades saíram em defesa do sérvio Novak Djokovic, que foi deportado da Austrália, hoje, após derrota na justiça. O número um do mundo foi julgado neste domingo (16) e viu a justiça australiana rejeitar o recurso de sua defesa e manter a suspensão do visto de entrada no país.

Nas redes sociais, nomes como o americano John Isner e o australiano Nick Kyrgios manifestaram apoio a Djokovic.

"Nole sempre teve e sempre será classe. Ele é uma lenda absoluta e trouxe tanto bem para milhões ao redor do mundo. Isso não está certo", disse Isner.

Já Kyrgios compartilhou apenas um emoji para mostrar sua insatisfação com o resultado da audiência. Ao longo da semana passada, o australiano já vinha apoiando Djoko.

A francesa Alizé Cornet também defendeu o sérvio: "Eu sei muito pouco para julgar a situação. O que eu sei é que Novak é sempre o primeiro a defender os jogadores. Mas nenhum de nós o defendeu. Seja forte, Novak".

O também francês Pierre-Hugues Herbert compartilhou o post de sua compatriota. "Concordo 100%", comentou.

O canadense Vasek Pospisil foi outro nome a se manifestar a favor de Djokovic.

"Novak nunca teria ido para a Austrália se não tivesse recebido uma isenção do governo para entrar no país (o que ele recebeu; daí a decisão inicial do juiz Kelly). Ele teria pulado o Aberto da Austrália e estaria em casa com sua família e ninguém estaria falando sobre essa bagunça. Havia uma agenda política em jogo aqui com as eleições chegando, o que não poderia ser mais óbvio. Isso não é culpa dele. Ele não forçou sua entrada no país e não 'criou suas próprias regras'; ele estava pronto para ficar em casa", publicou no Twitter.

Entenda o caso

Djokovic entrou na Austrália no dia 5 de janeiro, sem se vacinar, apresentou uma isenção médica e alegou que testou positivo para covid-19 em 16 de dezembro. Ao desembarcar no aeroporto, ele foi parado pela polícia alfandegária por não apresentar todos os documentos necessários para justificar a entrada no território australiano.

Desta forma, o tenista passou a noite separado de sua equipe em uma sala do aeroporto de Melbourne e depois foi encaminhado para um hotel, onde ficou confinado. Djokovic teve o visto inicialmente cancelado por representar risco para a saúde pública, mas entrou na justiça e ganhou o direito de entrar no país.

Já na última sexta-feira (14), o ministro da Imigração, Cidadania, Serviços a Imigrantes e Relações Multiculturais da Austrália, Alex Hawke, usou o seu poder pessoal para cancelar novamente o visto do tenista. A defesa de Djokovic, então, entrou com um recurso para que ele pudesse permanecer no país e disputar o Aberto da Austrália, mas perdeu na justiça. Neste sábado, horas antes da audiência derradeira, ele foi novamente detido e levado para o hotel.

Fora do Australian Open, Djokovic será substituído pelo italiano Salvatore Caruso (150 do mundo), que foi derrotado no qualificatório do torneio, mas que ganhou vaga na chave principal por conta da ausência do líder do ranking mundial.