Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Seixas: "Direção da prova tem argumento para combater protesto da Mercedes"
Max Verstappen sagrou-se campeão mundial neste domingo (12), mas o GP dos Emirados Árabes ainda não terminou. A Mercedes entrou com dois protestos contra o resultado da corrida, vencida pelo holandês. A equipe alemã argumenta sobre uma possível irregularidade na relargada após o safety car.
No Fim de Papo F1, live pós-corrida do UOL Esporte - com os jornalistas Fábio Seixas e Flavio Gomes - os comentaristas discutiram sobre o momento polêmico da prova, ocorrido após a batida de Nicholas Latifi a seis voltas do final. Para ambos, o protesto da Mercedes não deve ter êxito.
Quando o safety car entrou na pista, havia cinco carros entre Hamilton, então líder da prova, e Verstappen, segundo colocado. Em um primeiro momento, a direção de prova avisou que estes cinco retardatários não deveriam ultrapassar o carro de segurança. Porém, pouco depois, houve a liberação para essa manobra, o que permitiu a Verstappen ficar atrás apenas de Hamilton. A corrida reiniciou na última volta, quando o holandês ultrapassou o britânico para vencer a prova e ficar com o título.
"Normalmente, a mensagem padrão é 'todos os retardatários podem agora ultrapassar o safety car'. Talvez, e estamos tentando entender a cabeça da direção de prova, como se tratava de uma última volta e não haveria tempo de todos os retardatários ultrapassarem o safety car e a direção de prova queria reiniciar a corrida, ela retirou do cenário apenas aqueles cinco que estavam entre os dois duelistas pelo título. A direção de prova tem um argumento para combater esse protesto da Mercedes", afirmou Seixas.
Os carros em questão são os de Lando Norris, Fernando Alonso, Esteban Ocon, Charles Leclerc e Sebastian Vettel. A Mercedes alega que todos os carros que fossem retardatários deveriam ultrapassar o safety car, e não apenas os cinco citados. A equipe também argumenta que Verstappen pôs o carro à frente de Hamilton na curva 12, o que configuraria uma manobra proibida.
Para Gomes, apesar de polêmica, a decisão da direção de prova faz sentido. "O controle de corrida autoriza carros retardatários a passar o safety car para recompor o grid quando considera isso seguro. Por isso, deu antes a mensagem de que ninguém iria passar. Depois, a mensagem especifica os carros que deveriam ultrapassar o safety car. Se a determinação foi para que apenas estes cinco carros ultrapassassem o safety car e essa decisão não se aplicava a outros carros retardatários, a Red Bull vai ter defesa", colocou.
Para Seixas, o resultado da corrida será mantido, apesar das reclamações da Mercedes. "O que eu acho que vai acontecer: uma decisão tem que ser tomada hoje. A Fórmula 1 não vai embora de Abu Dhabi sem uma decisão. A direção de prova já esperava que uma equipe ou outra entrasse com protesto em um final de campeonato tão acirrado. A direção de prova deve soltar uma decisão ainda hoje. Entendo que será a favor da Red Bull", ressaltou o colunista do UOL.
Gomes também considera que a direção de prova tem um ponto forte de defesa de sua decisão. "Todas as equipes recebem a mesma informação. As orientações eram para que os carros de Norris, Alonso, Ocon, Leclerc e Vettel ultrapassassem o safety car. Isso feito, a corrida seria reiniciada. É claro que a Mercedes pode dizer 'por que só esses cinco?' O controle de corrida determinou que apenas estes cinco carros não se colocassem entre Verstappen e Hamilton. É uma alegação que pode ser utilizada para que os comissários e a direção de prova se defendam do protesto que a Mercedes está fazendo", colocou.
Seixas vê poucas chances de a Mercedes ser bem sucedida em seu protesto, mesmo que recorra a instâncias superiores. "Aí, talvez, a Mercedes entre com um novo protesto na Corte de Apelações da FIA, que é a instância que julga esses casos de decisões após uma corrida. Acho que não vai dar em nada também. Há elementos para eu acreditar que a direção de prova vai manter o resultado da corrida e o Verstappen vai dormir com o título de campeão do mundo", concluiu.
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