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Mercedes entra com dois protestos e tenta tirar título de Max Verstappen

Do UOL, em São Paulo

12/12/2021 12h47Atualizada em 12/12/2021 14h33

A Mercedes decidiu entrar com dois protestos contra o resultado do Grande Prêmio de Abu Dhabi, que acabou com o título de Max Verstappen, piloto da Red Bull, sobre Lewis Hamilton.

A reclamação da equipe é baseada pela forma como foi feita a relargada após a entrada do safety car, acionado devido à batida de Nicholas Latifi, da Williams. Em um primeiro momento, o diretor de prova, Michael Masi, informou que os carros retardatários que estavam entre Verstappen e Hamilton não seriam autorizados a ultrapassar o carro de segurança. Após questionamento da Red Bull, a direção de prova decidiu mudar a decisão. A Mercedes alega que todos os retardatários deveriam ultrapassar o safety car e não apenas os cinco citados pela direção de prova (Lando Norris, Fernando Alonso, Charles Leclerc, Esteban Ocon e Sebastian Vettel).

Além disso, a Mercedes alega que Verstappen colocou o carro à frente de Hamilton na curva 12, na preparação para relargada, o que configuraria uma ultrapassagem proibida.

Os protestos são referentes aos artigos 48.8 e 48.12 do regulamento esportivo da Federação Internacional de Automobilismo. O artigo 48.8 diz que "nenhum piloto pode ultrapassar outro carro na pista, incluindo o safety car, até que ele passe a linha pela primeira vez após o safety car ter retornado aos boxes". Já o 48.12 aponta que "qualquer carro que tenha sido ultrapassado pelo líder é obrigado a ultrapassar os carros na volta inicial e no safety car."

"Se a Mercedes provar que houve uma irregularidade mesmo na liberação da corrida, com o safety car saindo da pista antes que o grid inteiro tivesse sido rearranjado, a Mercedes vai estar... É antipático, chato, vão dizer que é coisa de mau perdedor, mas é um direito da equipe fazer o protesto", analisou o jornalista Flavio Gomes durante o programa Fim de Papo, do UOL.

"É uma batata muito quente que nem a FIA tem uma resposta. Acho que tem muito que olhar o regulamento, que é o que sempre fizemos, é sempre muito detalhe. Se a FIA demora para tomar decisões em cima de fatos concretos, que não necessitam de interpretação, imagina o cuidado que vai ter para tomar uma decisão que pode mudar o rumo do campeonato", afirmou Fábio Seixas, no programa Fim de Papo.

Os protestos da Mercedes, no entanto, podem não ter qualquer efeito. A direção de prova, momentos antes de liberar a pista, avisou que apenas cinco carros ultrapassassem o safety car. O aviso seria o suficiente para anular a obrigatoriedade dos demais retardatários ultrapassarem o carro de segurança.

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