Causou grande repercussão a punição do Minas Tênis Clube ao jogador Mauricio Souza devido a uma publicação homofóbica, com a medida do clube tendo sido tomada apenas depois que os patrocinadores pressionaram. Mas a definição de afastamento e multa, além de um pedido de retratação, teve como resposta uma publicação no Twitter, com menos seguidores e sem justificar sobre o que era o seu pedido de desculpas, enquanto o post original seguiu no Instagram do atleta.
No UOL News Esporte, o repórter Demétrio Vecchioli, que acompanha o caso, afirma que o pedido de desculpas foi 'para inglês ver', mas foi visto como suficiente por parte do Minas, que deverá reintegrar o atleta em breve.
"Ele fez um pedido de desculpas genérico, poderia servir para qualquer coisa, desculpa a quem se sentiu ofendido, não diz pelo quê. E postou no Twitter dele, que quando eu entrei tinha 52 seguidores e não no Instagram dele, onde ele tem 250 mil seguidores e onde foi feita a ofensa homofóbica, onde ele foi homofóbico. Ou seja, foi para inglês ver, um teatrinho", diz Demétrio.
"O Minas é conivente, logo depois que ele postou, eu perguntei ao Minas, essa retratação é suficiente, é isso o que vocês esperavam? 'Sim, ele se retratou'. Ele pediu desculpas para ninguém ver, porque no Twitter ele não tem seguidores, o perfil não é verificado, sequer a gente sabia que aquele perfil existia. Hoje o cenário é que ele não faz parte do elenco, mas ele vai voltar logo, o Minas espera que ele volte logo, ele vai levar uma multa que a gente não sabe quanto é, essas multas a gente nunca sabe se são de fato aplicadas. No entender do Minas, daqui a pouco ele está de volta", completa.
O jornalista afirma que fica a dúvida agora em relação aos patrocinadores, se vão considerar que a forma na qual Mauricio se retratou é o que eles esperavam, mas considera que o atleta não deveria ser mantido em um clube que tem jogadores homossexuais, que se manifestaram, como foi o caso de Carol Gattaz, capitã do time feminino, nas redes sociais.
"O que a gente vai esperar ao longo do dia é saber se os patrocinadores que pressionaram ontem, Gerdau e Fiat, concordam. 'A gente exigiu medidas duras, a gente acha que essa medida é dura'. Eu, Demétrio, não acho que essa medida é dura, não acho que é suficiente", diz Demétrio.
"Entendo a dificuldade do Minas de demitir por justa causa, pelo ponto de vista jurídico, mas acho que ele não deveria continuar jogando no Minas. Que se pague o salário dele até o final da temporada para ele não jogar mais, mas não dá para ele continuar representando as cores de um clube que tem como líbero um jogador gay e tem como capitã da equipe feminina uma jogadora gay", conclui.
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