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Diretor, agente e assessor: quem é Kascão, o braço direito de Neto

Neto ao lado de Renato Nalesso, o Kascão, diretor do programa os Donos da Bola - Arquivo pessoal
Neto ao lado de Renato Nalesso, o Kascão, diretor do programa os Donos da Bola Imagem: Arquivo pessoal

Flavio Latif

Do UOL, em São Paulo (SP)

15/10/2021 04h00

Se um dia você assistiu ao programa "Os Donos da Bola", apresentado por Neto na TV Bandeirantes, já deve ter escutado o ex-jogador do Guarani e do Corinthians se direcionando a Kascão, o diretor do programa. A relação entre eles sempre é muito descontraída, com muitas brincadeiras por parte do apresentador e até exposição sobre a vida pessoal do chefe da atração.

No entanto, você provavelmente não sabe quem é Renato Nalesso. Kascão, como ficou conhecido, é o braço direito de Neto. Além de diretor do programa, ele exerce diversas funções que representam José Ferreira Neto. Em entrevista ao UOL Esporte, o jornalista afirmou que as "discussões" que eles têm durante o "Donos da Bola" sempre ficam no programa e nunca vão para o âmbito pessoal. Ele ainda ressaltou que a amizade entre os dois é tanta, que Neto é padrinho da filha mais nova de Kascão.

"A gente discute muito por conta do conteúdo do programa, além da amizade, ele é padrinho da minha filha caçula, a Elena [9 anos —a outra filha de Kascão é a Isabella, de 15 anos]. Hoje eu tenho uma relação com ele, além de profissional, sou diretor do programa, agente dele, assessor de comunicação, amigo e compadre", disse.

NETO - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Neto é padrinho da filha mais nova de Kascão, a Elena de 9 anos
Imagem: Arquivo pessoal

"As nossas discussões, na verdade, são sempre baseadas no conteúdo do programa. Fora do programa, a gente discute por algo familiar ou pessoal, que envolva algo comercial. Me irritar com ele é muito pouco, nesse tempo todo que trabalhamos juntos, eu sei assimilar a forma que ele age", acrescentou.

Quando conheceu Neto, Renato Nalesso não era Kascão. O apelido surgiu por causa de uma história envolvendo o ex-jogador, e a utilização do "K" é por uma questão de numerologia. A história é classificada pelo diretor de os "Donos da Bola" como "bizarra", já que envolve um episódio não muito higiênico.

"A história é meio bizarra, mas vou contar. É Kascão com K por causa da numerologia. Ela envolve os irmãos do Neto, morei com ele em Campinas. Eu morava com o irmão do Neto e minha esposa, que era minha namorada na época sempre me visitava. Eu estava no quarto do apartamento e quando ela entrou na área de serviço, deu um grito. Tinha uma cueca com uma freada de caminhão em cima da máquina de lavar. E a cueca cagada era do irmão do Neto. Ela gritou, ficou indignada. Quando ele chegou no apartamento, eu falei que ele era um porco do cara***, um Cascão que não tomava banho", contou.

"Eu dei a dura nele no domingo, na segunda foi minha folga, quando voltei na terça, ele inverteu toda a história, que eu era porco e começou a me chamar de Cascão, mas não sou o original. A origem do apelido é uma situação bizarra dessa, não era comigo, era com ele", completou.

Hoje com 42 anos, Renato completou 22 anos de parceria com Neto. Essa amizade começou em 1999, quando Kascão ainda era um estagiário na Rádio Bandeirantes. O laço surgiu pela admiração que ele tinha por Neto e, ao lado de Fabricio Bosio, o jornalista escreveu a biografia do jogador.

Kascão  - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal

"Eu comecei como estagiário na Rádio Bandeirantes em 1999 e conheci o Neto que tinha acabado de parar de jogar. Ele estava começando como comentarista, fez jogos freelancers, foi comentarista também do Mundial de Clubes de 2000. Na época, eu e um amigo jornalista, o Fabricio Bosio, escrevemos 'Neto: O Eterno xodó', a biografia do Neto, e nessa resenha forte envolvendo família que tivemos nesse momento, eu criei um laço com ele muito grande", afirmou.

Kascão acredita que "Deus" colocou Neto em sua vida para transformá-la. Pois na infância, ele tinha fama de encrenqueiro e polêmico. Além de guiar os "Donos da Bola", Kascão ainda tem uma coluna no jornal Diário de São Paulo e escreve, ao lado do ex-jogador, uma coluna no jornal Metro.

"Eu fui assessor do Guarani quando ele virou gerente de futebol, em 2001. Desde então, nós estamos trabalhando juntos, desde 1999, são 22 anos. É bastante tempo, mas eu não sou velho (risos). Deus colocou ele na minha vida, sempre fui polêmico encrenqueiro na vida pessoal e, de certa forma, Deus colocou ele na minha vida para aprender a abaixar a bola um pouco", finalizou.