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Denílson vê discurso frustrante de jogadores da seleção: 'Nada de mais'

Seleção brasileira perfilada para a partida contra o Paraguai pelas Eliminatórias - Christian Alvarenga/Getty Images
Seleção brasileira perfilada para a partida contra o Paraguai pelas Eliminatórias Imagem: Christian Alvarenga/Getty Images

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/06/2021 12h37

O comentarista Denílson, da TV Band, disse que o manifesto dos jogadores da seleção brasileira contra a Copa América ficou aquém de suas expectativas. O ex-atacante afirmou que esperava um "discurso de insatisfação muito grande" diante do cenário criado nos dias anteriores.

Apesar da frustração, o comentarista elogiou a postura de Tite de blindar os jogadores com o objetivo de conseguir bons resultados em campo.

"Nada de mais. Eu imaginei um discurso de insatisfação muito grande do Marquinhos, representando os atletas, o Juninho, representando a CBF, e o Tite, a seleção brasileira. Não aconteceu nada. O Tite focou no trabalho de campo, que eu não acho que esteja errado, é o grande objetivo da seleção brasileira. Os números do Tite são muito bons", disse Denílson no Jogo Aberto, da TV Band, hoje.

Renata Fan concordou com o colega, dizendo que a expectativa criada foi muito grande. A jornalista ainda classificou o manifesto como "vazio" e "pouco aprofundado". Na opinião da apresentadora, o caminho adotado pelos jogadores da seleção brasileira pode ser comparado ao final decepcionante de um seriado.

"Criou-se uma expectativa muito grande quando a seleção ficou em silêncio. A gente imagina algo muito sério, até uma postura de protesto. Parecia ser esse o cenário. Quando vem um manifesto tão sucinto, tão pouco aprofundado, tão vazio. Eles disputariam a Copa América, na Argentina ou na Colômbia. Criou-se uma revolta quando mudou para o Brasil, até pelo momento que vivemos, a pandemia. Agora, eu esperava bem mais, achei que a seleção brasileira se manifestaria de uma maneira muito mais convincente, mais forte, contundente. Isso não aconteceu. Não sei se os ânimos se acomodaram. Nada de mais. Foi como um seriado que a gente ama com um final ruim", declarou a apresentadora.

"Quando eu quero uma orientação de vida sobre qualquer assunto, eu não procuro um jogador de futebol. Eu quero que o jogador atue bem, que seja convincente em campo. Ele não é obrigado a se manifestar, se posicionar. Cada um faz o que quiser. Ele é obrigado a jogar bem, a ir para as eliminatórias e vencer, como a seleção está vencendo. Não adianta chegar na Copa do Mundo e parar na semifinal. Para uma seleção brasileira, tem que ganhar. Agora, a seleção deixou no ar que seria enfática, que protestaria contra a Copa América e, no fim, não foi", finalizou.