Topo

Denílson nega problema ou briga com Neto, mas diz não 'querer convívio'

Denílson, comentarista do Jogo Aberto - Reprodução/TV Band
Denílson, comentarista do Jogo Aberto Imagem: Reprodução/TV Band

Colaboração para o UOL, em São Paulo

11/05/2021 13h00

Comentarista da TV Band, Denílson negou que tenha problemas de relacionamento com Neto ou até mesmo que tenha enviado recados ao colega em episódio em que chegou a ser rebatido pelo apresentador no ar. No entanto, o ex-jogador revelado pelo São Paulo afirmou que não convive com Neto e disse que não gostaria de fazê-lo.

"Eu não dei 'letrinha' para o Neto. Ele deu [para mim]. Isso tem que perguntar para ele. (...) [Se ele me chamar para sair em Campinas], não vou. Não é do meu convívio, não quero que seja. E vice-versa. Mas isso não é um problema. Não é segredo. A gente não brigou, mas cada um tem um comportamento, uma opinião. Eu respeito a opinião dele. Da minha parte não tem problema, mas não tenho motivo para sair com ele. Ele fala o que ele quer, eu respeito e acabou", disse Denílson em entrevista ao Canal do Ale, no YouTube.

Por outro lado, Denílson elogiou Neto, dizendo que o apresentador do Os Donos da Bola é muito generoso e desapegado. O ex-jogador do São Paulo disse que prefere se agarrar a essa imagem de seu colega do que pensar nas opiniões divergentes que eles emitem.

"Muitas vezes são opiniões diferentes, muitas vezes não coincidem. E eu respeito, mas nunca tive problema. E digo mais: o que eu falo dele é que ele tem esse jeito na televisão, é uma escolha dele. Fora da TV, ele é muito generoso. Tem a imagem do Neto polêmico. Mas fora da TV, ele é muito generoso, ajuda muita gente. Eu prefiro me agarrar nesse lado humano dele. Respeito como atleta, como comunicador, ninguém fica no ar o tempo que ele está à toa", continuou Denílson.

"Mas questão de opinião é opinião. Mas ele é muito generoso. Já vi ele tirar o relógio e dar na hora. Ele não é apegado ao material. Prefiro me agarrar a isso do que ficar pensando se ele concorda comigo, se falou bem ou mal de mim", complementou.

Comentaristas favoritos

Questionado sobre seus comentaristas de futebol favoritos, Denílson apontou Paulo César Vasconcellos como uma referência para sua carreira. O ex-atacante ainda destacou Ricardinho, Caio Ribeiro, Pedrinho e Paulo Nunes como colegas que ele admira. Por outro lado, ele disse não gostar da "linha de Casagrande".

"Eu admiro muitos comentaristas. Eu gosto do Paulo César Vasconcellos, da SporTV. Gosto muito. Eu sempre achei ele muito bom, sempre ouvi bastante. Mauro Beting... Gosto da linha desses caras. Gosto do Caio, é meu irmão. Acho que o Ricardinho está indo bem na linha de raciocínio dele. Fazer jogos com frequência deixa ele com uma boa concordância", opinou Denílson.

"Não gosto da linha do Casão. O Pedrinho está muito bem. O Paulo Nunes evoluiu muito. Eu me lembro do começo, a gente se falou por telefone. Fazendo jogo toda hora. Gosto muito do Júnior", completou.

Incômodo com jeito brincalhão

Na mesma entrevista, Denílson admitiu que as críticas a seu jeito brincalhão como comentarista já o incomodaram muito. O ex-atacante contou que chegou a achar que não era levado a sério na comunidade jornalística.

"Eu sempre fui desse jeito [brincalhão]. O que me ajudou, além da história como jogador, foi a aceitação do público quando eu virei comunicador. Mas algo fundamental é o conhecimento. Não adianta nada ter jogado muita bola, ter muita experiência, ter feito jornalismo, mas não conseguir passar o que você quer na hora de explicar algo. Acho que eu avancei aprendendo a me comunicar de uma forma diferente", disse.

"Em algum momento da minha carreira, eu pensava que eu zoava muito, que eu não era levado a sério. Como se eu não tivesse responsabilidade. Em algum momento da minha vida isso me incomodou. Achava que as pessoas me viam com desprezo", continuou.

Denílson explicou que uma conversa com o médico que tratou sua mãe durante um câncer o ajudou a entender que precisava continuar com seu jeito.

"Um divisor de águas para mim nesta situação foi quando o médico que tratou o câncer da minha mãe disse que o meu jeito de ser poderia ajudá-la a atravessar a doença. Minha mãe está viva e eu continuei descontraído perto dela. Longe dela, eu encontrava apoio na minha esposa, mas eu me abati e estava destroçado. Nesse momento eu percebi que não podia mudar o jeito de ser"

"No começo, eu pensava muito antes de criticar. Agora, não penso. Primeiro porque já me conhecem, conhecem meu jeito. Segundo, porque eu aprendi que não vou agradar todo mundo. O que eu procuro é ter coerência. Não vou falar bem do cara um dia e no dia seguinte arrebentar. Eu analiso jogo a jogo até ter um contexto", finalizou.