Romário, Edmundo e Tevez: as maiores provocações do futebol brasileiro
O futebol brasileiro é um prato cheio para quem gosta de uma boa provocação. É verdade que a quantidade de tretas tem diminuído com atletas praticando o politicamente correto. O clima quente de algumas partidas, porém, faz com que a cartilha vá para o espaço e a verdadeira personalidade apareça.
No último domingo (2), o técnico Lisca, do América-MG, se sentiu provocado pela comissão técnica do Cruzeiro durante toda a partida. Mais ainda após o Cabuloso sair na frente no placar. O destino, porém, reservou um pedacinho de vingança para o técnico do Coelho.
Rei, príncipe e o bobo da corte
Romário e Edmundo foram craques da bola e também das entrevistas. Em 2000, os dois disputavam o posto de protagonista no Vasco e estavam brigados. A disputa pela artilharia, então, tinha um gosto ainda mais pessoal. Ainda mais após o Animal perder a faixa de capitão para o Baixinho...
Edmundo liderava o ranking e Romário estava zerado no Carioca daquele ano. Até que um pênalti contra o Bangu desencadeou uma crise generalizada. Romário, com aval do mandachuva Eurico Miranda, negou pedido do desafeto, cobrou a penalidade e perdeu.
Edmundo
Um tal de Tevez
Em 2005, o Flamengo lutou contra o rebaixamento e arrancou os cabelos da torcida na trajetória. O presidente na época era Marcio Braga, que sempre foi muito bem-humorado e, antes de receber o Corinthians, no Rio, provocou o argentino Carlitos Tevez.
Vale ressaltar que Tevez era simplesmente o principal jogador do Corinthians e do futebol brasileiro naquele momento. O jogo? Bom, o Timão venceu por 3 a 1 com direito a "cumbia" e direito de resposta do argentino.
MOLEQUE de Vila
O Santos de Diego e Robinho encantou o Brasil e foi campeão nacional em 2002. Porém, o jovem Diego, com apenas 17 anos, fez uma baita provocação em um clássico contra o São Paulo, líder da temporada regular.
O Tricolor abriu 2 a 0, mas os moleques da Vila fizeram grande partida e empataram. E foi justamente nesse momento que houve a provocação e a confusão. Diego comemorou o gol em cima do escudo do São Paulo, e Fabio Simplício tirou satisfação.
O clima se acalmou e o destino entrou em ação. É que o São Paulo teve um pênalti e viu Ricardinho decretar a vitória. E, sim, ele comemorou com sua torcida em cima do escudo.
Embaixadinhas do caos
Palmeiras e Corinthians talvez tenham vivido o auge da rivalidade em 99, quando disputaram jogos decisivos em sequência. Um levou a melhor na Libertadores, e o outro no Paulista.
No primeiro jogo do Paulista, o Palmeiras colocou time reserva por estar na final da Libertadores. O Corinthians venceu por 3 a 0 e abriu vantagem. No duelo decisivo, os atletas do Palestra entraram em campo com cabelo pintado de verde em comemoração pelo título continental e isso irritou os rivais.
Marcelinho abriu placar para o Corinthians, mas viu o Palmeiras reagir e virar com dois de Evair. A partida ficou ainda mais tensa. Foi assim até Edilson marcar e deixar 2 a 2 no marcador. O título só mudaria de mão se o Alviverde marcasse três gols em pouco mais de 15 min.
Reboladinha animal
O Vasco e Botafogo disputaram a final do Carioca de 1997. O título só foi decidido nos acréscimos, mas uma provocação de Edmundo roubou a cena e entrou para a história.
O craque do Vasco viu o time vencer o primeiro jogo da decisão por 1 a 0. No final desse encontro, ele dominou bola e partiu para cima de Gonçalves, ídolo do Bota e frequentemente convocado para a seleção brasileira. Antes do embate, Edmundo colocou a mão no joelho e rebolou, uma clara provocação.
O Botafogo se encheu, inflamou para a finalíssima e marcou o gol do título com Dimba nos acréscimos. Na comemoração, Gonçalves levou os companheiros para frente da torcida do Vasco, colocaram a mão no joelho e deram uma reboladinha.
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