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Galvão escolhe "prata histórica" entre narrações memoráveis na Olimpíada

Aos 70 anos, Galvão Bueno está partindo para sua nona Olimpíada como narrador - Reprodução/Twitter
Aos 70 anos, Galvão Bueno está partindo para sua nona Olimpíada como narrador Imagem: Reprodução/Twitter

Beatriz Cesarini

Do UOL, em São Paulo

28/04/2021 12h06

Galvão Bueno se despedirá das narrações olímpicas em Tóquio 2020, mas, desta vez, ele estará no Brasil por causa de todo o contexto da pandemia de covid-19. Em evento realizado pelo Grupo Globo para apresentar a transmissão dos Jogos ao mercado, o locutor esportivo, que participou de nove Olimpíadas, relembrou de momentos marcantes e escolheu uma medalha de prata do atletismo brasileiro como uma de suas principais narrações.

"Estou partindo para a minha nona olimpíada. Por eliminação não consigo escolher a narração mais emocionante, mas consigo escolher por soma: ouro no vôlei masculino, ouro no vôlei feminino, ouro do futebol, ouro do Cielo, trajetória do Phelps, Bolt no Rio? Tantas histórias, mas tem uma prata tão especial, em 2000, em Sidney, revezamento 4 x 100 do atletismo. Toda uma história para contar em menos de 40 segundos", frisou Galvão Bueno.

A memória olímpica eternizada por Galvão Bueno aconteceu em 30 de setembro de 2000 e foi protagonizada pelo quarteto formado por Vicente Lenilson, Edson Luciano Ribeiro, André Domingos e Claudinei Quirino. Eles concluíram a final do revezamento 4x100m em 37s90 e ficaram atrás dos Estados Unidos apenas, garantindo a medalha de prata.

Vamos que é prata, é prata, é prata, é praaaata para o Brasil. Narração histórica de Galvão Bueno

Durante o evento, Galvão Bueno se emocionou reforçou a importância dos Jogos Olímpicos de Tóquio e do esporte no geral diante do contexto que a humanidade vive. A competição, que era para ter acontecido no ano passado, foi adiada por causa da pandemia e, agora, está confirmada para julho deste ano. De acordo com o narrador, essa Olimpíada terá um simbolismo especial e marcará o início da virada dessa situação ruim.

"Nesse momento, a gente acaba se emocionado fácil... É uma situação muito difícil que a humanidade enfrenta. Me sinto emocionado e queria aproveitar para dizer: o esporte sempre foi a maior celebração da vida. Uma Olimpíada é a grande celebração do esporte. Uma festa da humanidade. As imagens olímpicas são eternas, as conquistas ou até o simples fato de poder participar de uma Olimpíada. Eu fico numa esperança positiva de que essa Olimpíada possa marcar o início de uma virada num momento tão difícil que a humanidade está passando. Vamos trazer Tóquio para cá e nossa alma estará lá com vocês", concluiu o narrador da TV Globo.

A Olimpíada de Tóquio será realizada de 23 de julho a 8 de agosto. Detentora dos direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a Rede Globo enviará 50 profissionais ao Japão, cerca de 50% a menos do que havia programado, visando a segurança de todos no atual momento. Com a mudança, os narradores escalados para o evento não viajarão para a capital japonesa e farão o trabalho dos estúdios no Brasil.