Mauro Silva quer futebol 'colocando o dedo na ferida' no combate ao racismo
Tetracampeão e vice-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Mauro Silva acredita que o futebol deve servir como "plataforma de conscientização" no combate ao racismo.
Convidado do "Grande Círculo", programa do SporTV exibido hoje, o ex-jogador afirmou que a modalidade tem o papel de "colocar o dedo na ferida". No entanto, segundo Mauro, "muitos jogadores não sabem nem como foi a história do racismo do Brasil".
"Com relação ao racismo, a gente volta naquela questão de educação e conscientização. Muitos jogadores, negros inclusive, não sabem nem como foi a história do racismo no Brasil, que houve três décadas de escravidão aqui, a tragédia humana que foi a escravidão no mundo todo, e toda a questão da falta de políticas públicas e inclusão social", iniciou o tetracampeão.
Basta olhar as arquiteturas das cidades, a maioria das pessoas que está nessas comunidades é negra. Você sabe que o Brasil aboliu a escravidão, mas nunca fez um projeto de inclusão para esses escravizados. O cenário que a gente tem é esse, dessa desigualdade social enorme. O entendimento disso ajudaria muito os jogadores a se posicionarem, à gente falar do assunto", opinou Mauro Silva.
Para o vice-presidente, o racismo foi naturalizado na sociedade, mesmo que inconscientemente, e cabe ao futebol ser uma ferramenta de combate.
"Se tornou natural você chegar num ambiente de luxo e o cara te confundir com o motorista ou segurança, porque é um ambiente que você não deveria estar. Acho que é papel do futebol discutir isso, de colocar o dedo na ferida, da gente ser uma plataforma de conscientização, de educação", completou o tetracampeão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.