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Jogador de futsal é encontrado morto dentro de lago em usina de SC

Inicialmente, investigação aponta para afogamento acidental de Marcelo Rodrigues, 26 anos - Acervo pessoal
Inicialmente, investigação aponta para afogamento acidental de Marcelo Rodrigues, 26 anos Imagem: Acervo pessoal

Luan Martendal

Colaboração para o UOL, em Florianópolis

18/02/2021 18h57Atualizada em 19/02/2021 20h53

A Polícia Civil de Santa Catarina investiga as circunstâncias que provocaram a morte do jogador de futsal Marcelo Rodrigues, de 26 anos, depois que o corpo do rapaz foi encontrado em um lago na Usina Hidrelétrica de Itá, município a cerca de 500 km de Florianópolis. Marcelo foi localizado boiando por volta das 16h de segunda-feira (15), cerca de um dia após ser visto pela última vez em uma festa realizada em um sítio às margens do lago.

De acordo com testemunhas e informações iniciais do inquérito policial, Marcelo morava na cidade vizinha de Seara e viajou até Itá com amigos para participar de uma festa que aconteceu no sábado, sem alvará ou conhecimento da polícia. Ele, no entanto, não teria mais sido visto desde a madrugada de domingo e não retornou para casa.

Os pais de Marcelo registraram um Boletim de Ocorrência na manhã do dia seguinte ao desaparecimento. O corpo foi visto horas depois por um barqueiro — uma vez que o lago é extenso e margeia diversas propriedades locais — que o encontrou já sem vida e acionou as autoridades.

Ao UOL, o delegado Marcos Giovanni Silva, responsável pela investigação do caso, conta que várias hipóteses são apuradas. No entanto, a princípio, as evidências levam a crer que trata-se de uma morte por afogamento acidental.

Várias testemunhas, dentre elas os amigos que estavam com Marcelo no dia anterior ao desaparecimento e pessoas que tiveram contato com ele na festa prestaram esclarecimentos. Outras quatro pessoas serão ouvidas em Seara amanhã.

"As diligências continuam, mas ainda não temos laudos conclusivos para a causa da morte. Quando o corpo do Marcelo foi encontrado, além das marcas próprias de um corpo encontrado dentro da água, como mordidas de peixes e inchaço, não havia visualmente nenhum outro sinal que apontasse para uma morte violenta como, por exemplo, disparo de arma de fogo ou ferimento com arma branca. Se foi morte afogamento acidental ou já estava morto quando ele caiu na água, somente o laudo vai poder esclarecer", explica.

Ainda segundo o delegado, nada impede que a coleta dos testemunhos e laudos e outras diligências possam trazer elementos que levem a polícia a outros caminhos investigatórios, como o de um crime, como chegou a circular entre populares. O delegado, por enquanto, refuta os boatos.

"Nada está claro, existe o falatório de pessoas que não têm conhecimento dos fatos e que não estavam presentes no local, que acabam criando teorias conspiratórias. Temos que ter cuidado nisso para não entrarmos numa situação, quando na verdade não temos elementos que possam dizer claramente o que aconteceu. E é para isso que existe o inquérito policial, para que sejam angariados elementos que possam levar a uma conclusão desse caso e, tão logo tenhamos tudo concluído, possamos encaminhar o relatório policial para o judiciário e o Ministério Público para análise", conclui o delegado.