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Fifa The Best: G. Hofman vê 'histeria' no Brasil por ausência de Neymar

Gustavo Hofman, jornalista da ESPN - Divulgação/ESPN
Gustavo Hofman, jornalista da ESPN Imagem: Divulgação/ESPN

Colaboração para o UOL, em São Paulo

11/12/2020 15h31

O comentarista Gustavo Hofman, dos canais ESPN, afirmou que há uma histeria no Brasil por conta da ausência de Neymar entre os finalistas do prêmio Fifa The Best de melhor jogador - Lewandowski, Messi e Cristiano Ronaldo são os indicados.

Para o jornalista, este tipo de prêmio sempre abre espaço para as polêmicas, por não ter critérios muito claros. No entanto, Hofman entende que Messi e Cristiano Ronaldo estão, pelo menos, entre os cinco melhores da temporada, com grandes desempenhos individuais, apesar da temporada abaixo das expectativas de seus clubes, Barcelona e Juventus, respectivamente.

"Entendo que haja uma histeria em relação ao Neymar. Não é uma obrigatoriedade ter o Neymar no top-3. Poderia acontecer de ele não estar ali, com o CR7 ou o Kevin De Bruyne no lugar dele. Há uma histeria no Brasil", disse Gustavo Hofman em participação no Futebol no Mundo, hoje.

"Uma premiação como o The Best é subjetiva. Não tem critérios estabelecidos. Cada um vota de acordo com o que acredita. Sempre vai gerar polêmica. Para mim, os cinco melhores são Lewandowski, Messi, Neymar, De Bruyne e Cristiano Ronaldo. Nessa ordem. É um prêmio individual. O que eles fizeram individualmente pesa demais. Os títulos são um extra na votação", completou.

Banalização do espetacular

Também presente na atração, Leonardo Bertozzi opinou que incluir Messi e Cristiano Ronaldo em qualquer premiação não é nada absurdo. O comentarista argumentou que os torcedores acabaram se acostumando com o que eles fazem, apesar de continuar sendo espetacular.

"Sobre o Messi e o CR7, a gente ficou tão acostumado ao espetacular, que virou banal. O Messi fez 31 gols e 27 assistências em um arremedo de time, que era o Barcelona da última temporada. O Cristiano Ronaldo, em uma Juventus que não engrenou coletivamente, fez 37 gols. Nenhum jogador da Juventus fazia isso desde os anos 1930. Não dá para ignorar", complementou.

"São os dois maiores jogadores da nossa geração. Dois dos maiores a pisarem em um campo de futebol. É normal eles serem lembrados em qualquer prêmio. A gente banaliza o que eles fazem. E o banal deles é mais que o auge da maioria", disse.

Léo Bertozzi concordou com seu colega em relação à ausência de Neymar. O jornalista destacou que o atacante brasileiro poderia ou não estar na lista nesta temporada sem injustiças. No entanto, Bertozzi destacou que o jogador do PSG não poderia ser o vencedor, uma vez que ele acredita que o prêmio deve ser concedido a Lewandowski.

"Não dá para tratar como tremenda injustiça ou grande absurdo. Como o Brasil teve tantos vencedores, criou-se uma expectativa de que você é medido por esse prêmio. Mas muita gente boa não ganhou. O brasileiro se cobra mais. O Neymar podia estar entre os três, mas não ia ganhar. Vai ganhar o Lewandowski"