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Parceira do Corinthians segue, e Globo vai a R$ 1,5 bi com futebol em 2021

Cléber Machado, Galvão Bueno e Luís Roberto, narradores do Esporte da Globo Imagem: João Miguel Júnior/Globo

Gabriel Vaquer

Do UOL, em Aracaju

27/11/2020 16h03

Depois de alguma indefinição e de sinalizar que não continuaria como parceira da Globo, a Hypera Pharma, empresa farmacêutica que comprou os naming rights do estádio do Corinthians, decidiu seguir no pacote comercial de transmissões do futebol da emissora em 2021.

Com isso, das seis cotistas do grupo de comunicação em 2020, apenas a Ambev decidiu se retirar para o ano que vem. A emissora, desta forma, já tem um faturamento previsto com publicidade de, pelo menos, R$ 1,5 bilhão.

A informação foi confirmada pela empresa farmacêutica ao UOL Esporte. Segundo manifestou a Hypera Pharma, diversas marcas suas serão expostas ao longo do ano em jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, como Alivium, Coristina Engov, Estomazil, Neo Química, entre outras. Para continuar na Globo, a Hypera pagará no ano que vem o valor de R$ 310 milhões, sem descontos.

Leticia Arslanian, Diretora de Consumer Marketing e Comunicação Integrada da Hypera Pharma, comentou o que foi determinante para a empresa continuar nos jogos da Globo.

"Nossa decisão de renovar o patrocínio foi tomada com base em sólida análise de métricas de mídia e levou também em consideração a flexibilidade do novo pacote, que em 2021 permitirá acesso a diversas plataformas que compõem o ecossistema do Grupo Globo, incluindo TV aberta, Pay TV e meios digitais", afirmou a executiva.

Itaú, General Motors, Casas Bahia e Vivo já haviam renovado com a Globo. Junto com a Hypera, elas vão garantir um faturamento de 1,5 bilhão de reais só com futebol para a emissora, o que faz o pacote publicitário de suas transmissões ser o mais valorizado da televisão brasileira.

Além da exibição de comerciais nos jogos, a Globo também expõe as marcas nos intervalos de seus programas de maior audiência, como o Jornal Nacional e a novela das 21h.

Além disso, as marcas serão expostas em todas as mídias onde a Globo atua (TV aberta, TV por assinatura e pay-per-view), graças a um novo modelo de venda integrada, devido ao processo de unificação de todas as áreas do grupo, iniciado em 2017.

A divisão comercial do futebol da Globo agora é feita em três partes. O primeiro é o Futebol Nacional Globo, que envolverá as transmissões dos campeonatos estaduais e nacionais, como o Brasileirão e a Copa do Brasil na TV aberta nas noites de quarta e nas tardes de domingo. Neste pacote, a emissora disponibilizou seis cotas para cada uma e deu prioridade para as empresas que anunciaram neste ano.

O valor para a compra total desses pacotes é de R$ 311,7 milhões, cerca de R$ 4 milhões a mais em relação ao que as marcas pagaram em 2019 - uma variação de 1,3%. O faturamento total previsto para 2021 é de R$ 1,8 bilhão, caso consigam sucesso na estratégia. Com a saída da Ambev após 20 anos, uma nova marca de bebidas deverá entrar. A Globo espera fechar a questão até o fim do mês.

Outra novidade é a exploração do que a Globo chama de "produtos menores" nas transmissões de futebol. A emissora vai passar a ter patrocínios no quadro "Central do Apito", onde os erros e acertos de arbitragens são comentados por Sandro Meira Ricci, Paulo César de Oliveira, Sálvio Spíndola e Nadine Bastos. A ideia é que uma marca compre o oferecimento dos comentários, e que ela seja exposta durante o momento em que os ex-arbitros falem das polêmicas nos jogos e programas.

O mesmo valerá para o "Craque do Jogo". Prêmio dado para o melhor em campo escolhido pelo público e por comentaristas, uma marca poderá patrocinar e aparecer enquanto o jogador recebe a premiação das mãos do repórter ainda no campo de jogo.

Vale ressaltar que a Globo perdeu em 2020 os direitos de transmissão da Libertadores para o SBT. Para compensar esta baixa, a emissora carioca promete exposição comercial em todos os programas da programação e formas diferenciadas para a entrega de marketing.

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