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Galvão Bueno exalta 'gênio' Maradona e lamenta derrota para as drogas

Colaboração para o UOL, em São Paulo

25/11/2020 14h36

Principal narrador do Grupo Globo, Galvão Bueno foi mais um a lamentar a morte de Diego Maradona, hoje, aos 60 anos. Em participação no "Jornal Hoje", o locutor exaltou a genialidade do argentino com a bola nos pés, mas recordou o histórico de problemas do ex-jogador com as drogas.

"Estou chocado, como quem ama o futebol, como quem vive do futebol, do esporte, ou como qualquer cidadão que aprecia a magia, a beleza. O Maradona, a cada momento, produzia uma obra de arte, mas, se dúvida nenhuma, a Copa de 86 foi o grande momento de Maradona. O tempo que ele jogou no Napoli, as partidas na seleção argentina... É muito difícil destacar um grande momento de Maradona, porque o Diego virou 'El Diez', o dez, que, para muitos argentinos, virou o Deus. Eu fico com uma frase de Maradona ali do início dos anos 90: Dizem que eu sou Deus. Deus existe apenas um. Eu sou apenas um jogador de futebol. Mas como jogador de futebol, ele, sem dúvida, foi o que mais se aproximou de Pelé", recordou Galvão.

Para o narrador, a morte de Maradona simboliza a maior de suas derrotas: a guerra contra as drogas.

"Ele teve várias vestimentas. Sempre muito contraditório, polêmico, fiel às suas convicções. Ele sempre foi um grande amigo dos amigos e inimigo implacável contra seus inimigos. De tantas guerras que ele disputou, e impossível não dizer que ele perdeu a maior delas. Perdeu para o inimigo mais terrível. Dentre tantas vitórias que teve, sofreu uma grande derrota quando perdeu a guerra para as drogas. Maradona chegou a renascer algumas vezes, hoje não conseguiu. É lamentável, porque a gente tem que ver os dois lados, desse gênio em campo que acabou perdendo essa guerra terrível. Que Deus o receba muito bem e que ele tenha muito mais paz", completou.

Maradona faleceu nesta manhã, aos 60 anos, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Ele estava em sua casa, em Tigre, cidade vizinha de Buenos Aires.