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Após 14 anos, ex-árbitro Márcio Rezende de Freitas não renova e deixa Globo

Márcio Rezende de Freitas: ex-árbitro deixa a Globo depois de 14 anos - Reprodução/Globo
Márcio Rezende de Freitas: ex-árbitro deixa a Globo depois de 14 anos Imagem: Reprodução/Globo

Gabriel Vaquer

Colaboração para o UOL, em Aracaju

19/10/2020 20h28

Comentarista de arbitragem da Globo desde 2006, focado principalmente nas transmissões dos clubes de Minas Gerais, o ex-árbitro Márcio Rezende de Freitas não atuará mais pela emissora. O seu contrato, que venceu na última semana, não foi renovado. Freitas era o único que atuava em transmissões locais da emissora desde então e que não era contratado pela cabeça de rede, no Rio de Janeiro.

Segundo apurou a reportagem do UOL Esporte, a Globo vai passar a revezar os atuais membros da "Central do Apito" nos comentários das partidas de Cruzeiro e Atlético Mineiro, inclusive em TV aberta nas noites de quarta e domingos à tarde. Ou seja, haverá uma centralização das operações dos comentários de arbitragem na capital carioca, onde já atuam Nadine Basttos, Paulo César de Oliveira, Sandro Meira Ricci e Sálvio Spindola Fagundes Filho.

Márcio Rezende de Freitas foi contratado logo depois que se aposentou da arbitragem, no fim de 2005. Além de atuar em jogos, também participava do "Globo Esporte", onde esclarecia as polêmicas da rodada. Seu contrato não era com a Globo no Rio, e sim diretamente com a filial da Globo em Belo Horizonte, o que fazia ele responder diretamente para os chefes de Minas Gerais.

Ele também atuava com frequência em jogos feitos pela Globo Minas no Sportv e no Premiere. Após a saída de Arnaldo Cezar Coelho, no fim de 2018, Freitas era o comentarista de arbitragem mais longevo da Globo.

Junto ao público, sua aceitação nunca foi a melhor, por causa das polêmicas que colecionou durante a carreira. O ex-árbitro foi um dos principais juízes de futebol dos anos 90. Chegou a ser o mais bem classificado pelo ranking da FIFA e participou dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, e da Copa do Mundo na França, em 1998. Esteve também na Copa América de 2004, além de ter feito diversas finais de Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.

Entre os jogos decisivos, Márcio Rezende de Freitas esteve na Copa do Brasil de 1999, entre Botafogo e Juventude, e nos Brasileiros de 1999 e 1995 - este último entre Santos e Botafogo foi cercado de polêmicas, com direito a gol do título o clube da Estrela Solitária ilegal sendo validado e reclamado até hoje por torcedores santistas.