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Jogador de hóquei processa liga após ser barrado por denunciar homofobia

Jesse Gabrielle durante jogo pelo Brave, na temporada 2019 - Reprodução/Instagram
Jesse Gabrielle durante jogo pelo Brave, na temporada 2019 Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

04/09/2020 14h22

Jesse Gabrielle, jogador de hóquei no gelo australiano que atuava pelo time CBR Brave, entrou com processo contra a AIHL (Liga Australiana de Hóquei no Gelo) após ser impedido de se registrar para os jogos da temporada 2020.

Segundo ele, a motivação por trás do bloqueio foi seu ativismo contra a homofobia no esporte.

Ao site The Riot Act, Jesse disse que jogadores e técnicos de times rivais se dirigiram a ele com ofensas homofóbicas muitas vezes durante a temporada de 2019. Ele tentou denunciar os incidentes à liga, mas nenhuma medida foi tomada.

O processo

Embora a temporada 2020 do hóquei de gelo australiano tenha sido cancelada por causa do novo coronavírus, Jesse foi impedido de se registrar para jogar antes mesmo dessa possibilidade ser levantada.

Ele e seus advogados alegam que a ação da liga viola seções do Ato de Justiça do Trabalho da Austrália, que proíbe discriminação por orientação sexual.

O processo é dirigido exclusivamente à AIHL, e não ao time pelo qual Jesse atuava em 2019. O CEO do Brave, Dan Amodio, demonstrou apoio ao atleta em declaração oficial do clube.

"O que posso dizer é que o Brave é uma organização inclusiva dentro e fora das arenas. Levamos muito a sério a responsabilidade de não aceitar o ódio em nenhuma de suas formas, seja em relação a raça, religião ou orientação sexual", comentou.