Vôlei: atletas ex-Corinthians denunciam calote; clube nega responsabilidade
Jogadores que atuaram no Corinthians/Guarulhos durante a última temporada da Superliga Masculina de Vôlei denunciaram, por meio do Instagram, um suposto calote envolvendo a equipe, que hoje está extinta.
Publicada no Instagram por Sidão, ex-atleta da equipe que hoje joga pelo Sesi e pela seleção brasileira, a nota de repúdio envolve alguns jogadores e comissão técnica do time e começa com o seguinte: "Joguei no Corinthians-Guarulhos - AAESB/Montes Claros na temporada 2018/2019, e o campeonato acabou sem que eu recebesse meus salários".
A citação para a AAESB/Montes Claros é justificada porque o Corinthians/Guarulhos precisou "alugar" uma vaga na Superliga desta equipe para jogar o campeonato. Porém, nesta temporada, a AAESB/Montes Claros está inscrita na competição.
Na nota, os atletas também responsabilizam a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) pelo "calote": "Estava aguardando uma composição amigável, confiante de que a CBV não permitiria a inscrição da AAESB/Montes Claros para a Superliga 2019/2020 sem que todos os atletas tivessem recebido seus créditos". No entanto, a vaga para a equipe mineira foi concedida.
Para os jogadores, o fato "contraria a 'regra de ouro' do Fair Play prevista no regulamento da competição". "Eu fui inscrito para a Superliga 2018/2019 pela AAESB/Montes Claros, haja vista, ser esta a detentora da vaga, e foi pelo meu trabalho, e dos outros atletas, que o Montes Claros manteve o direito de continuar a disputar a Superliga".
O repúdio no Instagram ganhou apoio de anônimos e famosos. Uma seguidora disse: "Um joga para o outro e ninguém paga. Fui em vários jogos e sei que todos da equipe foram profissionais até o fim". Sidão resolveu responder: "Jogamos meses sem salário!".
A publicação também foi apoiada por vários ícones do vôlei nacional, como Gustavo Endres, Dani Lins, Wallace e Maurício.
Outro lado
Em nota, o Corinthians não afirmou ser o responsável pelos pagamentos.
"O Sport Club Corinthians Paulista informa que não é e nem nunca foi o responsável financeiro pela parceria com o time de vôlei Corinthians Guarulhos. A agremiação possui apenas um contrato de licenciamento de marca para que a associação conseguisse patrocinadores junto ao mercado o que era de conhecimento do mercado, comissão técnica e atletas".
O clube também revelou já ter ajudado, com dinheiro, a parceria.
"Vale ressaltar que durante momentos de crise, o clube contribuiu financeiramente para a parceria por liberalidade e compromisso social com o esporte, no entanto o contrato foi encerrado em 06 de maio de 2019, devido à falta de capacidade de investimento prevista em contrato e não demonstrada pelo parceiro na prática".
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