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Esporte elege Bebeto, Leila e Bobô; Derly fica fora

Bebeto foi eleito deputado estadual no RJ - reprodução/Instagram
Bebeto foi eleito deputado estadual no RJ Imagem: reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

07/10/2018 22h27

Bebeto, Bobô, Luiz Lima, Leila, Danrlei, João Leite e Fábio Faria foram os esportistas que saíram vitoriosos das eleições deste domingo (7).

Com Romário fora do segundo turno do Rio de Janeiro, a maioria dos atletas de futebol que concorriam para a Câmara Federal não conseguiu se eleger, com exceção de Danrlei. Nas assembleias estaduais, estão dois ex-jogadores: Bebeto "Tetra" e Bobô.

O atacante do tetracampeonato da seleção contou com o apoio de Romário e recebeu mais de 25 mil votos para a ALERJ. Foi uma queda expressiva na comparação com os 61 mil votos recebidos em 2014, mas o suficiente para pegar a única vaga da coligação.

leila do vôlei - divulgação - divulgação
Leila "do vôlei" foi eleita senadora no DF
Imagem: divulgação

Bobô, ídolo do Bahia, conseguiu a reeleição para a Assembleia da Bahia com mais de 55 mil votos. O ex-meia havia recebido 25 mil votos há quatro anos. João Leite, que jogou pelo Atlético-MG, também se reelegeu deputado estadual em Minas Gerais pelo PSDB, com 56 mil votos. A ex-jogadora Leila, que concorreu com o nome de "Leila do Vôlei", teve mais de 460 mil votos e foi eleita senadora pelo PSB do Distrito Federal.

Sob o nome "Danrlei de Deus Goleiro" ("de Deus" é sobrenome), Danrlei foi reeleito deputado federal pelo PSD do Rio Grande do Sul com 102 mil votos. O ex-nadador Luiz Lima usou a proximidade com Jair Bolsonaro, presidenciável mais votado, e elegeu-se deputado federal pelo PSL do RJ com 115 mil.

Luiz Lima foi nadador de provas de fundo e participou dos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, e de Sydney, em 2000. Já no final da carreira, migrou para as maratonas aquáticas, sendo superado em um momento em que a modalidade se tornou olímpica, em 2008. Depois disso, montou aquela que é a mais famosa equipe amadora do país, a Gladiadores, que treina próxima ao Forte de Copacabana.

Quem também se elegeu foi Fábio Faria, do PSD do Rio Grande do Norte, como nono mais votado do estado. Ex-namorado da apresentadora Sabrina Sato, ele é jogador profissional de squash.

Em 2016, quando Michel Temer assumiu a presidência da República e deu o ministério do Esporte a Leonardo Picciani (MDB), Luiz Lima assumiu a secretaria nacional de alto rendimento, principal secretaria dentro da pasta.

No entanto, ficou no cargo só por um ano e deixou a função depois de desentendimentos com Picciani. Naquele momento, porém, já se lançava como pré-candidato.

Já Leila Barros participou de três edições dos Jogos Olímpicos com a seleção brasileira de vôlei, faturando o bronze em 1996 e em 2000. Sua entrada na política se deu em 2014, quando concorreu a deputada distrital pelo PRB.

Não foi eleita, mas assumiu a secretaria de esportes do Distrito Federal, indicada pelo PRB. Depois, migrou para o PSB, partido do governador Rodrigo Rollemberg. Agora, teve 467 mil votos (17,7%) para ficar com a primeira vaga do Distrito Federal. 

Maurren Maggi, outra medalhista olímpica que tentou o Senado, ficou no quinto lugar em São Paulo com pouco mais de 8% dos votos. Ela concorreu pelo PSB, do governador e candidato Márcio França. Esta foi a primeira participação dela como candidata.

No Rio Grande do Sul, o ex-judoca João Derly, bicampeão mundial, não conseguiu a reeleição. Então vereador, foi eleito deputado federal pelo PCdoB em 2014 com mais de 100 mil votos e se tornou o principal líder do esporte na Câmara dos Deputados.

Pela Rede, porém, teve pouco mais de 50 mil votos desta vez. Vai ficar como suplente da coligação que também tem PSDB, PTB, PP e PRB. Ele precisava de cerca de 15 mil votos a mais para ser eleito.

Cyro Delgado, medalhista olímpico do revezamento 4x200m em Moscou-1980, teve apenas pouco mais de 3 mil votos pelo Novo e não conseguiu vaga na Assembleia Legislativa do Rio. No Rio Grande do Norte, Maria Magnólia, ex-atleta olímpica das provas de meio-fundo do atletismo, teve pouco menos de 4% dos votos para o Senado, pelo Solidariedade.

Presidente (agora licenciado) da Liga de Basquete Feminino, Ricardo Molina teve pouco mais de 20 mil votos pelo PRB e não conseguiu vaga na Câmara Federal por São Paulo. A jogadora do Sesi/Bauru Tifanny, que gerou grande debate no vôlei feminino por ser transexual, não passou da casa de 3 mil votos pelo MDB.

Ainda assim, foi melhor em São Paulo que Rodrigão (PSDB), ex-atleta de vôlei que quase chegou perto de 8 mil votos para deputado federal, e Xandó, outro medalhista da modalidade que recebeu 2 mil votos para federal. Nenhum dos dois foi eleito.

Seu ex-colega de seleção Dante, que concorreu como "Dante Vôlei", recebeu mais de 25 mil votos para deputado federal em Goiás, pelo MDB, mas não conseguiu se eleger. A última vaga da coligação foi para um candidato que teve quase três vezes mais votos. Lutador de MMA, Wanderlei Silva teve 13 mil votos para deputado federal no Paraná, pelo PSD. Não se elegeu.

Bancada da Bola

Luizão, ex-atacante tetracampeão mundial com passagem pelos quatro grandes de São Paulo, teve pouco mais de 13 mil votos pelo PRB para deputado estadual.

O ícone palmeirense Ademir da Guia foi um pouco melhor: recebeu 14 mil votos pelo PHS para a Câmara. Ídolo do Corinthians, Marcelinho Carioca teve cerca de o dobro de votos: 27 mil. Ele concorreu pelo Podemos. Nenhum dos três foi eleito.

Depois de quatro legislaturas, Deley, ex-jogador do Fluminense, não conseguiu se reeleger deputado federal. Ele se elegeu em 2002, 2006 e 2014, mas também cumpriu mandato durante a legislatura 2011-14, quando era suplente. Após ter 48 mil votos pelo PTB em 2014, desta vez teve pouco mais de 20 mil pelo mesmo partido

Quem também se despede da Câmara é o ex-árbitro Evandro Roman, que recebeu cerca de 67 mil votos pelo PSD do Paraná. Ele será o primeiro suplente da coligação, tendo ficado sem uma cadeira por uma diferença de cerca de 2 mil votos.

Paulo Rink, que já jogou pela seleção alemã, recebeu pouco mais de 11 mil votos para deputado estadual no Paraná, pelo PR. Foram sete mil votos a menos do que há quatro anos. Ex-Grêmio, "Goleiro Galatto" recebeu 37 mil votos para a Câmara pelo PPS do Rio Grande do Sul.