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PM é preso por morte de jogador da seleção de hóquei; crime foi passional

Matheus Vasconcelos - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Marcello De Vico

Do UOL, em São Vicente (SP)

19/09/2017 17h12

A morte de Matheus Garcia Vasconcelos Alves, ex-jogador da seleção brasileira de hóquei, está esclarecida. Os policiais da Delegacia de São Vicente prenderam o soldado Jarbas Colferai Neto, de 23 anos, que confessou informalmente o crime. As informações foram divulgadas inicialmente pelo jornal 'A Tribuna' e confirmadas pelo UOL Esporte.

O crime se deu por conta da suspeita de Colferai Neto de que sua mulher, com quem tem um filho de três anos, mantinha um caso amoroso com Matheus Garcia. "Ele confessou o crime, deu detalhes e alegou uma motivação passional. A alegação dele é que a vítima perseguia a companheira dele", disse o delegado Carlos Schneider.

Matheus Garcia foi vítima de um tiro na região da nuca na noite da última segunda-feira (19). Pessoas próximas ao atleta informaram ao UOL Esporte que a vítima chegou a ser socorrida, na Rua Nicolau Guirão Perez, no Centro de São Vicente, mas não resistiu ao ferimento e chegou morta ao hospital.

Segundo o delegado, Colferai Neto utilizou um perfil falso no Facebook para se passar por sua mulher e atraiu a vítima até o local do crime.

Ao encontrar Matheus no local do crime, Jarbas estava armado com um revólver calibre 32 e exigiu a entrega do celular. Na sequência, o criminoso ordenou que o jovem virasse de costas para a parede de uma casa e o executou. Ele foi encaminhado para o presídio Romão Gomes, em São Paulo.

Matheus, que era amigo de infância da mulher de Jarbas, tinha 24 anos e fez parte da seleção brasileira que participou do Mundial de Hóquei de Patins na França, em 2015. Ele defendia o Internacional de Regatas, clube de Santos.

O corpo de Matheus foi velado na Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos. O sepultamento ocorreu por volta das 19h.

Matheus conciliava o esporte com a carreira de modelo e era descrito como querido, animado e brincalhão. Ele cursava o último ano de Publicidade, na Universidade Santa Cecília, em Santos, e preparava o TCC.

No início do dia, um suspeito chegou a ser detido pela polícia para averiguação, mas liberado logo na sequência. A mulher de Colferai Neto também compareceu à delegacia, assim como a mãe do PM - que passou mal e precisou ser atendida pelo Samu.