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Tiafoe sente falta de diversidade no tênis e faz campanha antirracista

O tenista Frances Tiafoe cita falta de diversidade no tênis e faz campanha antirracista após a morte de George Floyd - Andy Cheung/Getty Images
O tenista Frances Tiafoe cita falta de diversidade no tênis e faz campanha antirracista após a morte de George Floyd Imagem: Andy Cheung/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

03/06/2020 19h57

O tenista norte-americano, Frances Tiafoe disse em entrevista à CNN, que se sente como um forasteiro dentro do esporte de elite pela falta de diversidade, mesmo sendo um dos maiores prospectos da modalidade, aos 22 anos.

O atual número 81 do mundo chegou às quartas de final do Austrália Open de 2019 e acredita que tem de trabalhar duas vezes mais para atingir o nível de seus concorrentes, pela questão racial e de oportunidades.

"Eu definitivamente sinto que nem todos querem ver sucesso em mim. Sinto que estou tirando o lugar de alguém. Eu definitivamente sinto, porque eles não querem nos ver no topo. Realmente acredito nisto", afirmou Tiafoe.

O jogador prometeu continuar lutando pela questão da diversidade e chamou outros companheiros do esporte para ajudarem na causa. Tilafoe acredita que o impacto da representatividade das irmãs Serena e Venus Williams foi boa para a classe, mas é necessário fazer algo a mais.

Um estudo recente contabilizou que tenistas gastam anualmente entre U$S 175 mil (R$ 885 mil na atual cotação) e U$S 2 milhões (R$ 10,1 milhões) em despesas esportivas. Tiafoe disse que tem medido esforços para procurar modelos que mostrem e incluam crianças negras como profissionais do tênis.

"Vamos conseguir ajudar a todos? É claro que não. Mas definitivamente vou ajudar o maior número de pessoas possível. Esse é meu dever."

Tiafoe criou uma campanha junto de sua namorada, a tenista Ayan Broomfield, e outros jogadores e treinadores negros, como Serena e Coco Gauff, para aumentar a conscientização sobre a questão racial tanto no esporte quanto socialmente, após a morte de George Floyd, segurança negro assassinado por um policial branco em Minnesota.

"Acho que se mais pessoas que tem peso, com uma grande plataforma, se posicionarem, a mudança pode acontecer e estou otimista por isso. Obviamente você vê tudo isso acontecendo nos EUA agora e acha que é uma boa oportunidade para se reunir e falar sobre o assunto."