Após boleiros sofrerem com chiliques de tenistas, esporte pode mudar regras

A cena de garotos levando toalhas para os tenistas no fundo de quadra ao fim dos pontos pode estar com os dias contados. A discussão sobre essa função dada aos jovens boleiros já estava em andamento, mas o veredito deve ser acelerado depois dos recentes “chiliques” dados por tenistas, como foi o caso do espanhol Fernando Verdasco.
Na semifinal do Aberto de Shenzhen, na China, diante do japonês Yoshihito Nishioka, Verdasco estava perdendo por 4 a 2 o segundo set quando pediu a toalha ao boleiro. O garoto correu até a cadeira no fundo da quadra e acelerou em direção ao espanhol. Impaciente, Verdasco gesticulou duas vezes mostrando irritação, enquanto o boleiro assentia com a cabeça, constrangido.
O mesmo Verdasco, em março deste ano, havia protagonizado outra cena nessa linha. Em Hamburgo, jogou a toalha no pé do boleiro antes de “dispensá-lo” com as mãos. Novak Djokovic também já foi criticado por comportamento com os boleiros.
A repercussão de fatos assim cresceu e fortaleceu a possibilidade de tirar essa função dos boleiros. Tanto é que a ATP já começa a testar uma nova dinâmica: os jogadores terão no fundo de quadra um apoio onde deixar a toalha.
Se eles quiserem se secar, terão que caminhar até a mesma, gastando o tempo determinado que possuem para reiniciar a partida. Isso já será testado em novembro, no ATP Next Gen Finals, em Milão. O torneio reúne os melhores tenistas de até 21 anos desta temporada.
Com a mudança, a ATP também tenta acelerar os tenistas a diminuírem o tempo gasto entre cada ponto, agilizando as partidas. O espanhol Rafael Nadal, cujo ritual entre os pontos está entre os mais demorados do circuito, já reclamou da ideia.
“Eles querem que nós sejamos mais rápidos entre os pontos. E agora teremos que ir até o fundo da quadra e correr em busca da toalha”, protestou. Se os testes provarem que a mudança oferece melhorias ao jogo, os boleiros terão como principal função apenas repor as bolas em jogo, gostem os tenistas ou não.
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