Por que final entre Federer e Nadal virou coisa rara nos últimos anos

Fábio Aleixo

Do UOL, em São Paulo

  • Scott Barbour/Getty Images

    Nadal consola Federer após vencê-lo na final do Aberto da Austrália de 2009

    Nadal consola Federer após vencê-lo na final do Aberto da Austrália de 2009

Uma final de Aberto da Austrália entre Rafael Nadal (30 anos) e Roger Federer (35) era o sonho de todo fã de tênis e, de fato, ela acontecerá. Os dois titãs do tênis duelarão a partir das 6h30 (de Brasília) de domingo naquela que será a nona decisão de Grand Slams entre eles. 

Em toda a história do tênis, é a final que mais aconteceu em Majors. E o espanhol leva vantagem com seis títulos, contra dois do suíço.

Estas oito decisões ocorreram em um intervalo de cinco anos, entre 2006 e 2011. E desde junho de 2011, quando Nadal triunfou em Roland Garros eles jamais haviam voltado a se encontrar em uma final deste tipo de torneio.

E são vários os motivos que levaram a isso.

O que atrapalhou os encontros ente Federer e Nadal

AP Photo/Michel Euler
AP Photo/Michel Euler

Lesões, abandonos e desistências

Desde 2011, tanto Nadal quanto Federer tiveram de lidar com problemas mais ou menos graves. No caso mais emblemático recente em um Grand Slam, o espanhol abandonou Roland Garros no ano passado por causa de uma lesão no punho esquerdo quando ia disputar as oitavas de final. Optou por não jogar em Wimbledon na sequência. O suíço nem estava em Paris pois queria poupar o joelho. Joelho este que o deixou de fora também do Aberto dos Estados Unidos de 2016.
REUTERS/Toby Melville
REUTERS/Toby Melville

Zebras apareceram no caminho

Em Wimbledon-2012, Nadal era o segundo cabeça de chave e Federer o terceiro. Pelo sorteio, poderiam se encontrar na final. O suíço chegou e foi campeão. Mas o espanhol caiu ainda na segunda rodada para Lukas Rosol que era somente o 100º do ranking mundial. Na edição de 2014 de Roland Garros, uma nova final era possível pelo chaveamento. Porém, Federer foi eliminado nas oitavas de final pelo letão Ernests Gulbis. Foi a primeira vez desde 2004 que não chegou às quartas de um Grand Slam.
AP Photo/Alastair Grant
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A ascensão de Djokovic e Murray

Ao mesmo tempo em que Federer e Nadal passaram a oscilar mais e terem mais dificuldades para brigarem no topo pelas mais diversas razões, Novak Djokovic e Andy Murray começaram a dominar o circuito e também as finais de Grand Slams. De junho de 2011 até agora, fizeram seis finais em Majors. O sérvio levou a melhor em quatro. A última decisão, em junho do ano passado em Roland Garros foi vencida por Djoko.
Clive Brunskill/Getty Images
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Ranking forçou confrontos antes da decisão

Como deixaram de ocupar e se revezar entre a primeira e a segunda posição do ranking mundial - o que era uma constante até 2011 - a probabilidade de o sorteios os colocar em rota de colisão antes da decisão aumentou. E ambos duelaram nas semifinais do Aberto da Austrália de 2012 e de 2014, com Nadal levando a melhor.

Você lembra qual foi a última final entre eles?

Decisão aconteceu na casa de Federer

No total, incluindo todos os níveis de torneios, os dois duelaram 34 vezes, com 23 vitórias de Nadal e 11 de Federer. O último encontro foi no ATP 500 da Basileia, em 2015 e o suíço venceu por 2 sets a 1.


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