Visão geral da estrutura da Megarampa no Anhembi, em São Paulo |
Parceira de organização da Megarampa, a Prefeitura de São Paulo nega que a gigantesca estrutura montada no sambódromo do Anhembi tenha infringido as normas da Cidade Limpa, lei que regulamenta exposições visuais na paisagem urbana da metrópole desde 2007.
Imagem em uma rua nas imediações do Anhembi mostra publicidade em estrutura da Megarampa
De acordo com o texto da lei Cidade Limpa, "no caso de se encontrar afixado em espaço interno de qualquer edificação, o anúncio será considerado visível quando localizado até 1,00m (um metro) de qualquer abertura ou vedo transparente que se comunique diretamente com o exterior", em especificação que, pelo menos teoricamente, enquadra a publicidade da Megarampa paulistana.
Mesmo assim, a prefeitura entendeu que a estrutura da Megarampa não passou dos limites entendidos pela lei, especialmente pelo fato de ser um evento temporário.
"Não agride a cidade, é um evento fechado, em uma estrutura que é desmontada imediatamente. Obviamente a lei tem de ser respeitada, mas este é um evento interno, como o Carnaval e a Fórmula 1", disse Bebetto Haddad, secretário municipal de Esportes, Lazer e Recreação.
Empresa responsável pela organização do evento, a Brasil 1 também se manifestou na mesma linha, através de seu presidente Alan Adler, que falou em “bom senso” de critérios para um evento que dura apenas alguns dias.
A estrutura montada no Anhembi para a edição deste ano das provas de skate e BMX teve 1.300 metros quadrados de área construída, com 100m de extensão e 31m de altura, em dimensão que equivale a um prédio de nove andares.
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Com investimento total de R$ 6,5 milhões, a Megarampa atraiu ao sambódromo do Anhembi pouco mais de 17 mil pessoas nos dois dias do final de semana.
Com esses números, prefeitura e organização celebram resultados e veem a prova estabilizada no calendário esportivo de São Paulo. Para 2012, a empresa responsável pela Megarampa admite rever o modelo de ingressos gratuitos, com a alegação de que o evento se tornou grande demais. "A demanda ficou muito maior do que a oferta", diz Adler, da Brasil 1.
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