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Capacidade do Sambódromo mudará de 60 mil para 77.688 espectadores ao todo

04/06/2011 - 07h00

Reforma do Sambódromo 'olímpico' entra em nova fase com implosão de velha fábrica

Guilherme Coimbra
No Rio de Janeiro

A antiga fábrica da Brahma, localizada junto ao Sambódromo do Rio, virá abaixo neste domingo, às 8h. A implosão permitirá a conclusão da reforma que ampliará a capacidade de 60 mil para 77.688 espectadores. Em 2016, o Sambódromo receberá as competições de tiro com arco, além da largada e chegada da maratona. A obra tem previsão de conclusão no dia 18 de dezembro deste ano, custo estimado em R$ 30 milhões e é toda bancada pela Ambev . Em contrapartida, a multinacional do ramo de bebidas pôde “destombar” o prédio da velha fábrica e ainda recebeu o direito de construir um prédio comercial no local.

CIELO PÕE ESPERANÇAS EM RIO-2016

  • Principal nome do Brasil para as Olimpíadas de Londres-2012, o nadador César Cielo não olha para os próximos Jogos com grande otimismo. Apesar de ser favorito ao ouro, o paulista demonstra preocupação com a campanha geral do país na competição e deposita todas as esperanças de resultado em Rio-2016.

“O pacote de incentivos para a Copa e a Olimpíada prevê a mudança de regras urbanísticas, como o aumento na altura máxima de edificação da área da antiga fábrica”, explica Bernardo Carvalho, diretor-executivo do Instituto Rio 2016, da Prefeitura do Rio. “Esta ação vai permitir que a Ambev aproveite melhor a área, que poderá abrigar empreendimentos que beneficiem o entorno, como salas comerciais.”

A multinacional do ramo de bebidas, no entanto, defende que o projeto não vai superar a altura máxima permitida nem ferir o marco paisagístico da região.

“A companhia poderá construir um prédio de até 26 andares e no máximo 80 metros, o que não seria mais alto do que o permitido”, argumenta Sandro Bassili, vice-presidente de Gente e Gestão da Ambev. “A todo tempo, o projeto foi desenvolvido em parceria com a Prefeitura. A assinatura é do próprio (Oscar) Niemeyer, portanto estará totalmente integrado à estrutura da Sapucaí. O prédio será comercial, mas a Ambev não terá participação no negócio”, conclui Bassili.

A ideia da Ambev é vender o “pacote completo” – terreno e projeto – e o comprador seria responsável por tocar a obra. A área do Sambódromo, localizada no Centro do Rio, é bastante cobiçada por empreendimentos imobiliários. A empresa não revela quanto pedirá pelo terreno, mas o valor deve superar de longe os R$ 30 milhões, custo estimado da reforma do Sambódromo.

A Ambev será responsável pela construção do novo conjunto de arquibancadas e camarotes do Sambódromo. No local da antiga fábrica, no Setor 2, serão construídos um novo bloco com três módulos de arquibancadas, camarotes e frisas, banheiros públicos, acessos para deficientes, postos médicos, sala de segurança, áreas de serviço e espaço para jurados. Se tudo correr dentro do cronograma, o novo Sambódromo será entregue no dia 18 de dezembro.

“No projeto original do Sambódromo, um lado (do bloco de arquibancadas) ficou menor do que o outro”, explica o arquiteto Oscar Niemeyer. “Na solução atual, o resultado ficou mais simétrico.”

Na Olimpíada de 2016, parte da nova arquibancada de 77.688 lugares será utilizada nas competições de tiro com arco, que poderão ser assistidas por até 6 mil pessoas. A instalação montada para a modalidade será temporária e aproveitará as estruturas já existentes.

No dia 21 de agosto de 2016, data do encerramento da Olimpíada, 30 mil pessoas são esperadas no local para assistir à largada e a chegada da maratona.

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