Trata-se de uma referência aos rivais da Gaviões da Fiel. Os torcedores percorreram a avenida e foram dispersados pela Polícia Militar, que depois informou ter encontrado pedaços de pau e pedras em suas mãos. Nos vídeos, também é possível ouvir explosões de fogos de artifício, que são tradicionalmente usadas como armas em brigas de torcida.
Aquele jogo em Itaquera terminou 0 a 0. Nas redes sociais, os beligerantes palmeirenses, que não encontraram nenhum rival da Gaviões pela frente, cantaram vitória por W.O.
"Disposição é pra quem tem, não pra quem quer. Mais um W.O, já pode pedir música", escreveu um membro da Mancha, ao comentar um dos vídeos da caminhada. Foi a terceira vez em um mês que torcedores do Palmeiras tomaram as ruas para enfrentar corintianos, em brigas que são combinadas provavelmente pelo WhatsApp.
"Não nos convidem para uma festa, se não forem comparecer. Somos uns convidados muito indigestos", escreveu um palmeirense no dia 23 de julho, após outro encontro frustrado.
A escolha do local dessas marchas não é fortuita. A Av. Inajar de Souza foi o palco de uma das brigas mais lembradas na rixa entre as duas torcidas. Em 2012, dois palmeirenses foram mortos ali, em uma suposta vingança pelo assassinato de um corintiano no ano anterior. O caso segue em aberto. E desde então as duas torcidas disputam o "domínio" da avenida.
Antes do jogo da volta da final do Paulista, que seria vencida pelo Palmeiras, circularam em grupos de WhatsApp, no Facebook e no Twitter fotos de corintianos que estariam indo à Inajar. Nesse dia também não houve encontro entre torcedores rivais.