Você não precisa ter visto nenhuma corrida de Fórmula 1 na vida para conhecer a essa cena: a McLaren branca e vermelha de Ayrton Senna toca a Ferrari de Alain Prost na decisão do campeonato de 1990. Com o abandono dos dois, Senna não apenas conquistava o bicampeonato em cima de seu maior rival, como também se vingava da batida que tinha decidido o título de 1989 a favor de Prost. Disso, todo mundo lembra.
Mas é apenas o começo da história de uma corrida que completa 30 anos nesta quarta-feira (21). E que é o melhor resultado do Brasil na história da Fórmula 1 até hoje. O GP do Japão, disputado em 21 de outubro de 1990, começou com a confirmação do título de Senna e terminou com o que seria a última dobradinha brasileira na história da categoria, com a vitória de Nelson Piquet e o segundo lugar de Roberto Pupo Moreno.
Seria, também, o único pódio de Moreno, e a culminação de uma das histórias mais incríveis dos 70 anos de F1. Mas como um piloto já relativamente veterano, com 31 anos na época, e que mal passava das pré-classificações até a etapa anterior, tinha sido escolhido para substituir Alessandro Nannini, que sofrera um acidente de helicóptero, e depois conseguido acompanhar um tricampeão como Piquet, sem experiência anterior no carro?