A lutadora de boxe argelina teve uma participação conturbada nas Olimpíadas de Paris. Após uma atleta italiana desistir depois de 46 segundos de luta, ela enfrentou todos os tipos de preconceitos. Nascida, crescida e criada como mulher, ela foi excluída do último campeonato mundial da modalidade por, supostamente, apresentar níveis elevados de testosterona.
A eliminação criou a fake news de que ela seria uma mulher trans e a polêmica foi tanta que o presidente do COI, Thomas Bach, disse em entrevista que não iria tolerar comportamentos como o da italiana Angela Carini (que supostamente abandonou a luta por considerar injusto enfrentar Imane) e que questionamentos sobre o gênero da atleta eram inaceitáveis.
"Temos duas lutadoras que são mulheres, nasceram mulheres, foram criadas como mulheres, têm passaporte feminino e competem, há muitos anos, como mulheres", disse. Ele também se referiu à atleta tailandesa Lin Yu-ting, outra que teve seu gênero questionado.
Mas nada disso abalou Imane Khelif: ela conquistou medalha de ouro em sua categoria. Yu-ting, também.