Quartas de final do Campeonato Paulista e o então técnico do São Paulo, Vagner Mancini, escala um quarteto de garotos formados no CT de Cotia. Em quatro partidas, eles mostraram um caminho que o Tricolor parecia ter esquecido na última década.
Os quatro foram decisivos para o time do Morumbi eliminar o Ituano, passar pelo Palmeiras, então campeão Brasileiro, e chegar à decisão do Paulistão pela primeira vez em 16 anos. Não foram campeões, derrotados pelo Corinthians, mas provaram que tinham algo que pode salvar o clube do Morumbi: espírito vencedor.
"A gente já vem preparado, sabendo da pressão da torcida, da pressão por títulos, da pressão por atuações boas", afirma Igor Gomes, um daqueles garotos.
Quando a reportagem do UOL Esporte chegou para conversar com o meio-campista, encontrou mais do que se espera normalmente de um garoto de 19 anos. Igor mostra maturidade moldada pelo desenvolvimento físico tardio e pela dificuldade de ter subido ao time principal em uma crise que parece não ter fim, aumentada pelo fato de ter sido barrado por Cuca.
Mas o DNA vitorioso de uma geração que, nos últimos dez anos, ganhou tudo, está lá. São seis títulos de base entre 2014 e 2017. A nova era que Igor e seus companheiros de Cotia esperam implantar ainda não chegou. A temporada do São Paulo teve três trocas de treinador (além da passagem do interino Vagner Mancini), eliminações traumáticas na Copa do Brasil e na pré-Libertadores, e termina com uma difícil briga pela conquista de uma vaga direta na edição de 2020 da principal competição do continente. Mas o Igor sabe que tem uma missão: devolver o São Paulo ao patamar de cima do futebol brasileiro. Libertadores é obrigação.