Lucas Veríssimo sabe da dificuldade que é ser um jogador profissional. E nem estamos falando da luta que é se tornar titular de um time do porte do Santos. Nem mesmo do quão desafiador pode ser marcar atacantes como Gabigol e Bruno Henrique, seus ex-companheiros de clube. O mais complicado, mesmo, é como sua rotina o afasta da família.
O zagueiro, de 24 anos, mal conseguiu acompanhar o nascimento de seu primeiro filho, Samuel, por exemplo. São viagens, treinos, competições, eventuais lesões para tratar, alimentação e qualidade de vida bastante regradas... Tudo para a manutenção de um excepcional condicionamento físico. Mas isso também resulta na falta de tempo.
Foi em meio a uma fase delicada da carreira, em meio a uma longa negociação para renovar o contrato com o Santos, com seu nome frequentemente envolvido em possibilidades de negociação, que o zagueiro conseguiu desacelerar. De maneira forçada, obviamente, por conta da paralisação do futebol brasileiro devido à pandemia do novo coronavírus.
Em quarentena, à espera de definições sobre a retomada do calendário do Santos, ainda com chance de ser negociado, ele agora pode acompanhar de perto a nova gravidez da esposa, Amanda Farias. O casal espera por Mirella, com parto previsto para início de agosto. É um momento bem diferente na dinâmica da casa e que, durante esse período de incertezas e noticiário pesado, lhe permite ao menos enxergar um lado positivo no aspecto pessoal.
"Não gostaríamos de estar passando por essa pandemia, mas nós sempre optamos em ver o lado bom de alguma situação ruim. Ficar em casa com a minha família, podendo acompanhar o desenvolvimento do meu filho, a gestação da minha esposa, algo que não consegui antes, é muito gratificante. É bom demais poder estar perto deles nesse momento difícil", desabafa, ao UOL Esporte.
Ouvir seu filho te chamando o tempo todo porque quer você por perto é algo de outro mundo. Ver os olhos de amor dele. Minha esposa sempre falava que só conseguíamos aproveitar as coisas em família nas minhas férias e que eu fazia muita falta no dia a dia deles, mas que agora estamos meses podendo aproveitar um ao outro em tempo integral. Ela já está nos últimos meses de gestação, agora eu posso dividir as tarefas de casa e do nosso filho, algo que eu não conseguia fazer com frequência."