Mundialmente conhecido como o país do futebol, terra do Rei Pelé e da Rainha Marta —seis vezes melhor jogadora do mundo e maior artilheira em copas do mundo—, o Brasil ainda engatinha quando o assunto é futebol feminino.
Em pensar que até 1979, quando o Brasil já era tricampeão mundial entre os homens, as mulheres ainda eram proibidas de jogar futebol. De lá pra cá, muita coisa mudou, mas as disparidades ainda são visíveis. Um exemplo é a diária que a CBF paga a homens e mulheres convocados para seleção. Em 2018, os meninos recebiam R$ 1.600 reais, seis vezes que as meninas, cuja diária era de R$ 250. Na Copa do Mundo em 2019, Marta chegou protestar em campo para pedir equiparação salarial, mas a Confederação Brasileira de Futebol só anunciou diárias iguais em março deste ano.
Além disso, as mulheres enfrentam desafios diários como falta de dinheiro, precariedade dos clubes e falta de visibilidade na mídia à modalidade.
Mas nada disso afasta muitas meninas do sonho de ser jogadora profissional, afinal, assim como no masculino, o esporte ainda é um dos caminhos para ascender socialmente. O UOL Esporte conta agora histórias de quatro mulheres que enfrentam machismo, homofobia, falta de prestígio, condições precárias, mas não desistem de, assim como a Marta, escrever seu nome no planeta bola.