Sujeira além da telinha

Futebol Bandido #6 discute direitos de transmissão: clubes devem falar não para Globo e vender PPV próprio

Eduardo Anizelli/Folhapress

Talvez, em nenhum outro nicho do futebol o dinheiro seja tão abundante quanto nos contratos de direito de televisão. No Brasil e no exterior, alguns cartolas usaram as negociações desse tipo para lucrar por debaixo dos panos. A farra durou um tempo, mas, hoje, a maioria desses cartolas está preso — ou oficialmente fora do jogo. Mas será que os esquemas acabaram? Será que os contratos brasileiros atuais estão sendo benéficos para o nosso futebol?

Para responder essas e outras perguntas, o UOL escalou seu time de especialistas na cobertura da corrupção no futebol. O resultado é o podcast Futebol Bandido, comandado pelo responsável pela denúncia da máfia da loteria esportiva nos anos 80, o blogueiro Juca Kfouri, com ajuda dos premiados repórteres Jamil Chade e Rodrigo Mattos.

Um spoiler: para Rodrigo Mattos, o futebol brasileiro precisa lembrar dos tempos do Clube dos 13 e voltar a formar uma associação para cuidar das transmissões. "O primeiro produto que essa associação deve formatar é um pacote de Per-Per-View. Isso é o básico. Mesmo se a TV Globo, por exemplo, quiser comprar o PPV, deve-se dizer não. Ninguém compra: os clubes devem defender o seu pacote, criado de forma viável e profissional. Com venda pela internet, em plataforma de streaming. E toda a receita será dos clubes, sem intermediário".

O trio oferece nesta temporada bastidores de escândalos nacionais e internacionais, relembram investigações jornalísticas famosas e dissecam a personalidade de cartolas polêmicos. Dentre os episódios, contravenções envolvendo craques como Messi e Neymar, falcatruas em direitos de transmissão, chegando até as folclóricas viradas de mesa.

Podcasts são programas de áudio que podem ser ouvidos a qualquer hora e lugar —no computador, smartphone ou em outro aparelho com conexão à internet. Os podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts e em todas as plataformas de distribuição. Você pode ouvir Futebol Bandido, por exemplo, no Spotify, na Apple Podcasts e no Youtube. Além disso, o UOL Esporte montou, também, uma versão em texto da apuração do trio, para que você possa consumir a reportagem da maneira que preferir.

Depois de conhecer a trajetória polêmica de Ricardo Teixeira no primeiro capítulo, falar sobre a origem brasileira na corrupção na Fifa, revisitar as bizarrices da Copa de 2014, mostrar como os jogos da seleção brasileira entram na dança das mutretas e como os clubes do futebol brasileiro não ficam atrás nesse assunto, o sexto episódio chega a escândalos multimilionários: as falcatruas envolvendo negociações de direitos de TV e como elas contaminaram quase toda uma geração de cartolas e impactaram significativamente o futebol da América do Sul.

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Vanderlei Almeida/AFP Vanderlei Almeida/AFP

Rios de dinheiro

"De fato, a gente está tocando agora no coração do futebol. Pelo menos no coração da gestão do futebol moderno", afirma Jamil Chade, autor do livro "Política, propina e futebol: Como o 'padrão Fifa' ameaça o esporte mais popular do planeta", lançado em 2015.

"É um ponto nevrálgico que explica em grande parte a explosão de salários, de preços de jogadores. Nada disso existiria se o mercado de transmissão não tivesse atingido o atual nível", continua.

O jornalista baseado na Suíça então explicou que, originalmente, a Fifa oferecia de graça a transmissão da Copa do Mundo para emissoras de TV, para que suas parcerias comerciais fossem expostas mundo afora. "Por muito tempo, a Fifa basicamente implorava, em algumas ocasiões, para que televisões de alguns lugares transmitissem a Copa do Mundo. Justamente para garantir a publicidade que estava naqueles estádios. Ou seja: a transmissão viabilizava a chegada de patrocinadores para a Fifa."

Jamil Chade argumentou que, em determinado momento, a Fifa acompanhou toda a indústria do esporte ao passar a cobrar pelos direitos de transmissão. "O que aconteceu foi a noção que começou a surgir de que a transmissão daquele jogo deveria ser cobrada, assim como os ingressos eram cobrados. Cobrar não apenas uma taxa pela operação, mas pelo direito de ter aquele jogo transmitido por aquele canal com exclusividade. E isso tudo transforma a estrutura e as finanças do futebol a partir de então."

Na explicação, o jornalista citou especificamente a profissionalização deste modelo nos anos 90 do último século, com a atuação de uma empresa ligada à Fifa (ISL), que vendia os direitos de transmissão ao redor do mundo.

"O curioso é que tudo ali começa a ruir quando a empresa é levada à falência, aí tem toda uma investigação, que acaba demonstrando que dentro daquela estrutura havia um problema muito sério de corrupção e de pagamentos ilegais", conclui.

Podridão sul-americana

Em sua participação no episódio, o jornalista Rodrigo Mattos destacou o papel dos dirigentes e entidades da América do Sul dentro de esquemas de corrupção internacionais ligados a direitos de transmissão.

"Desde a mudança de gestão da Conmebol, e eu posso fazer zilhões de críticas à atual gestão, mas a realidade é a seguinte: a cota básica de jogo saiu US$ 300 mil para US$ 1 milhão em dois ou três anos. Por que será que isso aconteceu? Alguém estava levando esses outros US$ 700 mil. E é o esquema que foi investigado no FifaGate".

"Acho que pode aumentar muito mais, ainda não é ideal, tem problemas na gestão da Conmebol. Mas a partir que momento em que você faz concorrência, você aumenta o valor exponencialmente", acrescenta. "Aproveitando o que o Jamil falou sobre a ISL, por exemplo. É óbvio que quando a Fifa negocia diretamente os direitos da Copa com concorrência e sem intermediário para levar comissão, é óbvio que ela vai ganhar mais dinheiro. Se a CBF fizer a mesma coisa, vai ganhar mais dinheiro. Os clubes, quando negociarem o Brasileiro diretamente, vão levar mais dinheiro"

Para ele, porém, é necessário se preparar para lucrar nessas negociações. "Você precisa de um executivo preparado e bem intencionado do lado de quem está vendendo."

Rodrigo Mattos concluiu o raciocínio ao citar a participação de empresas sócias da Conmebol, como a brasileira Traffic, do empresário J. Hawilla, que por muitos anos esteve por trás de diversos torneios sul-americanos.

"Não há motivo para a existência de empresas como eram a Traffic, como eram aquelas empresas todas surgidas na Argentina, a TyC (Torneos y Competencias). Por que você tem que ter um intermediário comprando e revendendo? A única justificativa é pagamento de propina."

Foi justamente quando as investigações focaram nessas empresas que todo o esquema de corrupção caiu. A colaboração de J. Hawilla com autoridades americanas foi vital para que a investigação sobre esquemas fraudulentos chegasse a dirigentes sul-americanos de primeiro nível. Ricardo Teixeira, por exemplo, apareceu na "delação premiada" do dono da Traffic, que alegou ter pago US$ 10 milhões ao ex-presidente da CBF em propinas. Em seguida, a delação também atingiu em cheio o sucessor de Teixeira na entidade, José Maria Marin.

Por que a Copa vale tão menos que a Premier League?

O episódio de Futebol Bandido tratou também do incremento que a Fifa conseguiu com seu principal produto, a Copa do Mundo. Jamil Chade contou que o Mundial de 2002 foi um ponto de virada para a entidade, com a entrada de US$ 900 milhões em direitos de transmissão.

"Naquela época na Fifa foi considerado um êxito ter chegado a quase US$ 1 bilhão. Passamos a 2018, a gente chega a US$ 2,7 bilhões", afirma Jamil Chade. "Você tem aí um aumento exponencial. Uma transformação do dinheiro na Copa do Mundo".

No entanto, o correspondente ressaltou que foi justamente neste período que foram executados os principais esquemas de corrupção envolvendo direitos de transmissão no futebol internacional. Por isso, na opinião de Jamil Chade, a Fifa poderia ter lucrado muito mais com a Copa do Mundo.

"Você pode falar: mas US$ 2,7 bilhões não é muito? Vamos, então, olhar para o campeonato mais bem organizado do planeta, a Premier League. Não é melhor campeonato, mas é o mais profissional. A Premier League vendeu seus direitos para os anos de 2019 a 2022 por US$ 12 bilhões. São 12 bilhões não só dentro do Reino Unido, mas para fora. Para cada mercado existe uma equipe que vai, ouve a oferta — ou as ofertas - e negocia. Para cada situação existem mercados diferentes", diz. "Se a gente acha que a Copa do Mundo gera muito direito com transmissão, é só colocar numa perspectiva de uma liga global (como a Premier League)."

Bruna Prado/Getty Images Bruna Prado/Getty Images

Mas e no Brasil?

Não é somente a corrupção que impede que os clubes brasileiros embolsem mais dinheiro com a venda de direitos de transmissão de TV. Já na parte final do episódio, Juca Kfouri externou aos colegas de podcast a sensação de que os cartolas do país não têm (ou não tinha) competência suficiente para sentar na mesa com altos executivos de emissoras e conglomerados de mídia.

"Uma questão que sempre me ocorre — e que talvez hoje em dia seja diferente de tempos mais antigos: sempre houve um desequilíbrio entre quem negociava do lado da TV com quem negociava do lado do futebol. Quero deixar claro o que eu penso: sempre me pareceu que quem negocia do lado da TV eram profissionais muito mais aparelhados e competentes do que quem estava do lado do futebol, do outro lado da mesa. E esse desequilíbrio tornava muito fácil a aquisição de direitos", analisa Juca. "À medida em que o mundo do futebol foi descobrindo que poderia vender melhor esses direitos, a corrupção aparece como uma forma de impedir que a discussão se desse de uma maneira mais elevada, entre executivos do mesmo porte", conclui.

Rodrigo Mattos endossou essa visão com um exemplo, falando do imbróglio na tentativa de venda dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro para fora do país. "Ainda há esse equilíbrio, mas não quer dizer, necessariamente, que exista corrupção. Mas os clubes de futebol ainda são, boa parte deles, despreparados para negociar o seu principal ativo, que são os direitos de transmissão. A gente vê isso muito claramente na última negociação do Campeonato Brasileiro".

Mattos se refere às negociações do fim de 2015 e começo de 2016. "Eu conversava com os dois lados, com executivos de televisão e com clubes. E os executivos de televisão estão num patamar de entendimento do mercado e do que ofereciam para os clubes — e ali era uma disputa completamente limpa, sem pagamentos por fora — muito superior. Eles explicavam as propostas e o cara que estava do outro lado, pelos clubes, não conseguiam entender as contas, as explicações porque as propostas eram melhores".

Segundo ele, os que lucraram foram os clubes que tinham se preparado para aquele momento. "Os que contrataram executivos para aquele momento foram os que fizeram os melhores negócios. Caso do Grêmio, do Flamengo, do Palmeiras. Os outros iam assinando contratos, antecipando receitas, com acordos lesivos para os clubes, que os deixavam presos por seis anos. E estamos falando de 2016".

Direitos do Brasileirão não foram vendidos

O maior exemplo disso é a negociação dos direitos internacionais do Campeonato Brasileiro. "O Brasil está tentando vender os direitos, a licitação foi feita pela CBF, teve zilhões de viradas de mesa, entrou uma empresa com sede nos Estados Unidos e que ninguém sabia qual era o capital. Ela ganhou e não pagou", descreve.

"Depois, tinham dois fundos. Um ofereceu mais dinheiro, mas o que ofereceu menos dinheiro levou. Sabe-se lá que tipo de concorrência é essa, em que o que oferece menos leva, sendo que haviam garantias dos dois que poderiam fazer os pagamentos "

Todas as complicações, lembra Mattos, acabaram por cancelar a licitação para a venda internacional do Brasileiro 2020. " Não há nenhuma garantia de que vão ser vendidos. Como não foi vendido nesse ano (2019). Não é que pagaram pouco, não foi vendido."

Futuro do futebol no Vale do Silício

O cenário, como você viu até aqui, é complexo. E fica ainda complicado quando entram em jogo as plataformas digitais e as novas possibilidades que essas plataformas criam. O que o futuro da venda dos direitos do futebol pode nos trazer? E o Brasil? Vai conseguir acompanhar os melhores do mundo?

"Eu vou dar um exemplo. A Fifa está indo para o Vale do Silício para negociar. Se ela está fazendo isso, não vejo motivo nenhum para que mercados específicos, clubes e torneios não façam o mesmo. É um momento histórico porque, com a transformação tecnológica, você tem a possibilidade de romper o monopólio das televisões em relação às transmissões das partidas de futebol. E essa oportunidade aparece uma vez a cada geração", analisa Jamil Chade.

A transformação a que ele se refere são as plataformas de streaming, que surgem, atualmente, como alternativas para as redes de televisão tradicionais, sejam elas abertas ou por assinatura, para a exibição dos eventos esportivos. "Não vai aparecer outro modelo tecnológico, nos próximos cinco ou dez anos, que permita mais uma vez uma venda separada de diretos. Essa é uma chance histórica, a oportunidade de romper um monopólio que popularizou o futebol de uma maneira excepcional pelo mundo, mas que também foi construído em uma areia movediça absolutamente clara".

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Brasil precisa aproveitar também

Nesse mesmo cenário, a próxima venda de diretos do Campeonato Brasileiro é a chave. Rodrigo Mattos lembra da criação do Clube dos 13, a união dos times mais poderosos do Brasil no fim dos anos 1980, como exemplo. "A gente tem uma oportunidade histórica, como tiveram no Clube dos 13. A gente tem um contrato que vai até 2024 nas plataformas atuais. Até lá nada vai se modificar em relação ao Campeonato Brasileiro. Mas até lá, os clubes tinham de sentar e formar uma associação comercial", diz, lembrando que a ideia é defendida por alguns dos clubes, mas rejeitada por outros.

"O primeiro produto que essa associação deve formatar é um pacote de Per-Per-View. Eles deveriam contratar um executivo de televisão para isso, alguém que consiga administrar e vender esse pacote. Isso é o básico. E mesmo se a TV Globo, por exemplo, quiser comprar o PPV, deve-se dizer não. Ninguém compra: os clubes devem defender o seu pacote, criado de forma viável e profissional. Com venda pela internet, em plataforma de streaming. E toda a receita será dos clubes, sem intermediário", segue Mattos.

Depois, os clubes passariam a focar em outras propriedades. "Você pode abrir uma concorrência para os interessados em TV aberta e fechada. E ainda existe o pacote internacional, para o qual deveriam contratar uma empresa especializada, mas mantendo o controle da operação. A empresa estaria a serviço dos clubes. Hoje, em qualquer lugar, quem tem o conteúdo é quem manda. Não o intermediário".

Você que nos ouve vê que a bola está pingando na área. Resta a saber se a cartolagem brasileira será capaz ou não de fazer o gol"
Juca Kfouri

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Procure imaginar uma mesa de negociação em que um craque de primeiro nível troca de time ou renova contrato no clube onde está. Diversas pessoas costumam participar desse tipo de tratativas, incluindo intermediários de natureza bem distintas — e, às vezes, origem bem obscura.

O próximo episódio de Futebol Bandido reúne casos envolvendo super estrelas como Neymar, Cristiano Ronaldo e Messi. Sim, até os reis da bola da atualidade mancharam suas biografias em negociatas difíceis de explicar. Boa parte dessas irregularidades acabou confrontada pela Justiça da Espanha, graças à atuação do órgão fiscal local.

Juca Kfouri, Jamil Chade e Rodrigo Mattos relembram esses e mais casos, histórias em que os jogadores também são, de alguma forma, agentes de corrupção.

Todo o Futebol Bandido

  • #1: Quem é Ricardo Teixeira?

    Por trás dos anos do tetra e do penta, Ricardo Teixeira construiu uma história na CBF repleta de pontos obscuros. Alçado ao poder em 1989 por ser genro do ex-presidente da Fifa João Havelange, o cartola que nem gostava tanto de futebol surfou na onda de sucesso da seleção. Mas a cobiça desenfreada enfraqueceu sua longevidade. Teixeira sobreviveu a uma CPI, mas em 2012 foi obrigado a sair de cena em razão de investigações internacionais.

    Imagem: REUTERS/Nacho Doce
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  • #2: Havelange, Fifa e corrupção

    "Quando fui eleito para a CBF, ouvi que não entendia de futebol. Foi a sorte do futebol. Não fui para jogar, fui para administrar", dizia João Havelange, o 1º dirigente brasileiro a ganhar notoriedade internacional, graças ao sucesso da seleção de Pelé -- a quem chamava de "aquele negrinho". Foi presidente da Fifa por 24 anos e criou uma máquina de ganhar dinheiro. O problema é que, com ele, nasceu também uma cultura de corrupção.

    Imagem: Alexandre Durão/Folhapress
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  • #3: escândalos da Copa-2014

    Quando a Fifa inspecionou a Arena do Corinthiansem construção, para a Copa do Mundo de 2014, avisou que era necessário uma nova torre de elevadores só para que Joseph Blatter pudesse andar até a tribuna de honra durante a abertura do Mundial. A obra custaria R$ 23 milhões. O elevador não foi construído, o Corinthians não deixou. Mas a história representa bem como era tratado o dinheiro brasileiro que pagou pela festa.

    Imagem: Fabrice Coffrini/AFP
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  • #4: aproveitadores da seleção

    Em 1994, após o tetrcampeonato, a seleção brasileira virou coqueluche para o mundo dos negócios. Quando a Nike assinou o patrocínio, um espanhol chamado Sandro Rossel (que depois viraria presidente do Barcelona) ganhou status no mundo do futebol, tudo para cair alguns anos depois. O quarto episódio mostra como ele foi seduzido pela corrupção da CBF e, após confirmação de propinas, acabou preso em sua terra natal.

    Imagem: EFE/Alejandro García
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  • #5: até a máfia russa chegou ao futebol

    Dos tentáculos da máfia russa no Corinthians na primeira década do século até o mar de lama que culminou no rebaixamento do Cruzeiro em 2019, o futebol brasileiro nunca ficou longe quando o assunto é corrupção. O quinto episódio de Futebol Bandido vai se debruçar sobre os problemas mais visíveis do ponto de vista do torcedor comum no Brasil. É aquela que chega ao clube de coração e compromete de forma evidente o desempenho do time em campo.

    Imagem: France Presse: AFP/France Presse- AFP
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    Talvez, em nenhum outro nicho do futebol o dinheiro seja tão abundante quanto nos contratos de direito de televisão. No Brasil e no exterior, alguns cartolas usaram as negociações desse tipo para lucrar por debaixo dos panos. A farra durou um tempo, mas, hoje, a maioria desses cartolas está preso ? ou oficialmente fora do jogo. Mas será que os esquemas acabaram? Será que os contratos brasileiros atuais estão sendo benéficos para o nosso futebol?

    Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress
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