O que você faria para ver, no estádio, seu time ser campeão da Libertadores? Nas últimas semanas, torcedores de Flamengo e Palmeiras se mobilizaram para marcar presença no Estádio Nacional, em Montevidéu, neste sábado, 27 de novembro de 2021. Há 40 anos, no entanto, em um mundo sem tantas facilidades como o de hoje, a capital uruguaia viu desembarcar um grupo de rubro-negros que havia enfrentado uma verdadeira epopeia para acompanhar a decisão.
Em 1981, a equipe de Zico, Júnior, Leandro e companhia lutou pelo título contra o Cobreloa, do Chile. No primeiro encontro, no Maracanã, vitória brasileira por 2 a 1. O título parecia encaminhado, e foi neste misto de esperança e euforia que um ônibus com torcedores do clube da Gávea partiu do Rio de Janeiro rumo a Santiago.
Se já não bastasse todos os previsíveis perrengues no trajeto, a inesperada derrota no Chile e o regulamento da competição fizeram com que a viagem durasse mais do que o imaginado — e tivesse desfecho justamente em Montevidéu, em jogo de desempate em campo neutro. À época, a odisseia acabou com final feliz.
"Estava todo mundo exausto. Na hora do segundo gol do Zico, que é o gol da minha vida, ninguém vibrou. Todo mundo desabou para chorar. Foi uma choradeira geral", lembra Francisco Moraes, um dos integrantes da trupe rubro-negra.
Além de Francisco Moraes, Claudio Cruz e Antônia Medeiros, a Tuninha, foram alguns dos torcedores que estiveram nesta saga pela estrada. Nesta semana, quatro décadas depois, os veteranos voltam à cidade onde viram o Flamengo levantar a primeira Libertadores e revivem as emoções de 1981.