Dois veteranos, com participação em Copa do Mundo no currículo, passagem por futebol europeu e China. Em comum, o fato de tornarem-se peças cruciais na condução dos seus times aos respectivos objetivos no Brasileirão. A 34ª rodada serve como um retrato do efeito positivo que Hulk e Renato Augusto trouxeram para Atlético-MG e Corinthians. O Galo está a um triz de confirmar o título da Série A, enquanto o Corinthians entrou no G4 pela primeira vez desde outubro de 2019.
Hulk anotou os dois gols atleticanos na vitória sobre o Juventude e voltou ao topo da artilharia, com 14 gols. O resultado no Mineirão arrancou os gritos de ´'é campeão" da torcida atleticana, embora a matemática ainda impeça a festa definitiva. Como o time de Cuca já somou 53 gols no Brasileirão — o segundo melhor ataque, atrás só do Flamengo, com 64 —, Hulk teve participação direta em 39,5% das bolas na rede do time na competição. São sete assistências.
Renato Augusto, até pela função diferente, não tem números tão significativos: são três gols e uma assistência. Os gols diante do Santos, inclusive, foram de Jô e Gabriel. Mas a frieza dos números não é capaz de traduzir a relevância dele para o Corinthians de Sylvinho. Renato é um regente, organiza o que muitas vezes é um absoluto caos ou deserto de ideias.
Em um Corinthians com 14 vitórias no Brasileiro, Renato Augusto esteve em campo em 10 delas. O clube trouxe outros jogadores importantes no meio do ano, como Roger Guedes, Giuliano e Willian. Mas antes de Renato Augusto, o aproveitamento era de 40% em 15 rodadas. A partir da estreia dele, o Corinthians somou 63% dos pontos em disputa quando Renato Augusto esteve em campo. O único jogo sem ele foi o empate com o Atlético-GO.