O lado bom da vida

Betão experimentou título, rebaixamento e racismo. Hoje, é feliz andando de bermuda e chinelo no meio do povo

Felipe Pereira Do UOL, em Florianópolis (SC) Caio Cezar/UOL

Uma pessoa pode passar a vida inteira sem aprender quase nada. Tipos assim são comuns no futebol. O zagueiro Betão NÃO é um desses.

O futebol apresentou a alegria de ser capitão do time do coração aos 21 anos. No Corinthians, ainda foi campeão brasileiro e, na sequência, sentiu a dor do rebaixamento. Ficou com tanta vergonha que passou uma semana sem sair de casa. A profissão colocou o zagueiro ao lado de homens honrados que ajudaram em momentos críticos como escolher entre a faculdade e a carreira de boleiro, e de homens nem tão respeitosos assim que tentaram lucrar em cima de uma transferência.

Também houve casos de racismo.

Betão ainda experimentou companheirismo e tudo mais que acontece na trajetória profissional da maioria das pessoas. Teve inteligência para processar tudo numa caminhada que levou ao autoconhecimento. Aprendeu a distinguir o que gosta e o que não gosta. Desta maneira, soube quais decisões tomar para uma vida feliz.

Betão deixa o relógio e a corrente de ouro para outros boleiros. Jogador do Avaí, quer continuar morando em Florianópolis depois da aposentadoria para conseguir andar de chinelo de dedo e bermuda no meio dos manezinhos da ilha que não reparam em como a pessoa está vestida.

Para Betão, não é só futebol. É escola de vida.

Caio Cezar/UOL
Keiny Andrade/Folha Imagem  Keiny Andrade/Folha Imagem

Sobre lance com Tinga: "Eu achei que foi pênalti"

O Campeonato Brasileiro de 2005, aquele que Betão venceu, foi polêmico. Jogos foram remarcados por causa de um escândalo de manipulação de resultados, e uma partida ficou marcada: o empate em 1 a 1 entre Corinthians e Internacional, chave para a conquista corintiana, teve um pênalti não marcado mais do que duvidoso.

O volante Tinga, do time gaúcho, foi claramente atingido pelo goleiro Fábio Costa em um lance na área. Além de não marcar a infração contra o Corinthians, o árbitro Márcio Rezende de Freitas expulsou o jogador Colorado por simulação. Ao final do Brasileirão, o Corinthians foi campeão sobre o Inter com três pontos de diferença. Betão, que estava justamente naquela jogada, não viu simulação.

"Para mim, foi pênalti. Na hora eu achei que foi pênalti. O Fábio Costa vem, dá um carrinho no Tinga. Eu viro para o juiz já esperando a marcação do pênalti".

Na cabine da Globo, Arnaldo Cezar Coelho dizia que o goleiro Fábio Costa havia derrubado Tinga, mas o juiz entendeu outra coisa. No final, coube ao zagueiro do Corinthians direcionar Tinga para fora de campo enquanto o jogador implorava para não ser expulso.

"Eu vi que ele [Márcio Rezende de Freitas] estava dando cartão para o Tinga. O Tinga falava: 'Não, eu não me joguei, eu não simulei, eu não fiz nada! Se não quiser marcar o pênalti, não precisa marcar, mas não me expulsa, eu não simulei'. Eu falei: 'Tinga, vai que deu ruim".

Diego Padgurschi/Folha Imagem Diego Padgurschi/Folha Imagem

Tecnicamente, foi o melhor grupo, mas foi o pior no sentido de confusão. Teve [briga] do Tevez e do Marquinhos, Marcelinho e Mascherano, Leão e Carlos Alberto. Todo dia tinha confusão. Qualquer coisinha virava motivo. Mas era um time que brigava fora e jogava em campo

Betão, sobre o vestiário nitroglicerina do Corinthians

Betão virou brother de Tévez

O Corinthians de 2005 tinha um investidor de carteira cheia que forrou o vestiário de estrelas, boa parte delas da argentina. Carlitos Tévez era o grande nome do clube. Chegou com jeito de menino pobre que ganha bolsa de estudo em escola bacana e vai todo assustado para o primeiro dia de aula. Betão tratou de se aproximar do atacante.

"As pessoas colocaram o Tévez num patamar imenso naquela ocasião, só que ele estava saindo de casa, se sentia assustado, intimidado. Nem com os próprios argentinos ele tinha proximidade. Porque o Tévez era de uma sociedade pobre, diferente do Mascherano e do Sebá [os outros argentinos do elenco]".

A aproximação não foi fácil, nem rápida. Betão conta que o companheiro era arredio. Ganhar confiança custou o tempo necessário até Tévez entender que o zagueiro não queria tirar vantagem dele. Ficaram tão amigos que o atacante chegou a ir na casa da sogra de Betão. Também houve convites para visitar a Argentina.

"Ele treinava de manhã e, se o próximo treino fosse à tarde, fazia bate-volta para Argentina. Sentia muita falta. Fui convidado várias vezes e nunca fui. Mas no final do ano, passei um tempo com ele lá."

Caio Cezar/UOL Caio Cezar/UOL

Entre faculdade e futebol, Parreira foi decisivo

Betão chegou à maioridade e as responsabilidades, os problemas e as grandes decisões vieram junto. Ele conciliava a faculdade de fisioterapia com treinos na base do Corinthians quando precisou operar o menisco. Era 2002, ano em que o Corinthians contratou uma penca de zagueiros, diminuindo o espaço para os moleques que estavam subindo.

Ele ficou sem vaga na equipe, mas o time foi bem e alcançou as finais do Brasileirão. A concentração ocorreu em Extrema (MG) e caiu bem na semana de provas da faculdade. Muito sem jeito, Betão foi pedir liberação para Parreira, treinador do time.

"Eu, com medo de falar com o Parreira. Pensava: 'Vou pedir liberação? O cara vai me mandar embora'. Pensei, pensei e fui. 'Eu estou na semana de provas na faculdade. Dá para o senhor me liberar dessa concentração?' Ele respondeu que não. Eu ia precisar fazer as provas à noite e voltaria para treinar".

Betão ficou eufórico. Ele se sentiu importante. Não era aproveitado nos jogos, mas não estava só fazendo número no Corinthians. O técnico olhava para ele. Betão fez as provas e pegou DP em Fisiologia por meio ponto. "Está pendurado até hoje".

A carreira seguiu e ele jogou Liga dos Campeões e ganhou Brasileirão. Destino muito diferente dos planos de infância. Pode-se dizer que Betão não era uma criança normal. Ao contrário de dezenas de milhões de garotos, não queria ser jogador de futebol. Dono de tartarugas, pintinhos de feira e cachorro, sonhava em ser veterinário. Iria cuidar de bichos como fez com Bolinha, um vira-latas tratado como melhor amigo durante a infância.

Caio Cezar/UOL

2007: rebaixamento, morte na família e desemprego

Betão entrou no Olímpico otimista, mas saiu de campo escondendo o rosto. Era o capitão do Corinthians rebaixado em 2007 após o empate em 1 a 1 contra o Grêmio — o Goiás, último time fora da zona de rebaixamento, terminou o torneio com um ponto a mais que o Corinthians. "Tem aquela imagem que eu escondo o rosto. Não é que eu escondi o rosto no sentido de 'eu não quero falar'. Foi vergonha. Vergonha e incapacidade. Parece que eu trouxe aquele peso todo para mim. Eu não pude salvar o Corinthians".

O mês de dezembro estava ruim e piorou. Quatro dias depois da queda para Série B, seu sogro morreu. Betão precisou cuidar da família. Era problema no pessoal e no profissional e o Natal foi tenso. Além da enxurrada de notícias ruins, ele não aceitou a oferta do Corinthians. O clube queria renovar por três anos. O jogador precisava virar a página. Mas os problemas fizeram Betão começar o ano seguinte desempregado.

"Em janeiro, eu acompanhava o Globo Esporte, os campeonatos estaduais estavam todos começando e eu desempregado. 'Time tal já está viajando para pré-temporada. Time tal fechou elenco. Time tal contratou fulano'. E nada do meu nome pingar em lugar nenhum".

Betão estava resignado em recomeçar a carreira num time de terceira categoria quando recebeu uma ligação de Emerson Leão. O treinador comandava o Santos e ambos acertaram os ponteiros em dois dias.

Esvaziar meu armário no Corinthians foi difícil porque eu saí achando que nunca mais voltaria. Você sai como naquele episódio do Chaves em que ele é acusado de ser ladrão. Pega as coisinhas dele, vai embora e todo mundo: ladrão, ladrão. O Chaves sempre brincou e alegrou a vila e saí desta maneira. Foi como me senti

Betão, sobre a saída do Corinthians no ano do rebaixamento

Caio Cezar/UOL

Chegou com "Fora Betão" e foi ovacionado contra o Corinthians

Betão era o capitão do Corinthians que caiu para a Série B pela primeira vez na história. A contratação desceu atravessado na garganta dos santistas: afinal, que torcedor aceitaria o capitão de um time rebaixado, ainda mais de um rival? "Antes de eu chegar na Vila, já tinha 'Fora, Betão' no muro. 'Para onde eu tô indo? Que loucura!'. Mas eu vivi seis meses no Santos parecendo 14 anos, tamanho o carinho que recebi".

A chegada teve resistência de uma torcida organizada que esteve na apresentação. Betão foi falar com os caras e saiu com uma promessa de apoio por parte deles. O zagueiro conquistava respeito e admiração dos torcedores. Até que chegou o clássico contra o Corinthians.

Herrera, atacante do rival, tentou folgar para cima de Betão. Foi enquadrado. Vermelho na hora para o santista. O zagueiro achou que seria massacrado, mas o torcedor se sentiu representado porque ele não se rebaixou a uma provocação do adversário.

"Pensei: 'Vão me matar aqui. Que besteira que eu fiz'. As pessoas já falavam que eu era corintiano. Eu tive que contornar o gramado até meu vestiário. Só que desde quando eu levantei do gramado, a Vila gritava meu nome. Cara, que momento!"

Caio Cezar/UOL

Falta de comissão para dirigente melou ida para Europa

Betão ficou apenas meio ano no Santos e foi para Europa. A saída poderia ter ocorrido antes, quando ainda estava no Corinthians. Ele chegou a viajar à França para assinar com o Sochaux. Ficou no mesmo hotel do técnico do time e eles até combinaram como ia jogar pela equipe.

Horas mais tarde, o zagueiro entrou na sede do clube e sentou em um banco esperando o empresário ajeitar a papelada com o presidente do Sochaux. Um diretor passou, olhou para cara dele e pediu dez minutos a sós como presidente. Na saída, o dirigente fez uma saudação que soou maliciosa.

"Depois entramos na sala. Estavam o presidente, meu empresário, eu e o tradutor. O presidente pediu para traduzir que 'não vai dar negócio'. Eu ri. Devia ser brincadeira, mas não era. O meu empresário pediu para eu sair da sala e descascou o presidente. Nunca foi falado, mas aquele cara que entrou primeiro tinha vindo ao Brasil buscar um zagueiro. Eu cheguei através de outra pessoa. Ele ia ficar sem o dinheiro dele e alguém ia ganhar a comissão que ele achava que seria dele".

Caio Cezar/UOL

Solidão da Ucrânia formou um cozinheiro

Mas meio ano de Santos bastou para Betão despertar o interesse de um clube bem maior, o Dínamo de Kiev. A cidade é linda, mas o povo não é o mais polido de todos. O zagueiro faz analogia com o trânsito de carrinho no supermercado para explicar a diferença. Ele diz que no Brasil, a pessoa pede licença e espera tirar o carrinho. Na Ucrânia, parece bate-bate (ou carrinho de choque dependendo a região).

O cliente joga o carrinho em cima do outro e abre passagem a força. Com este estilo de vida, fazer amigos fica difícil. Betão ia para Ucrânia pelo menos um mês antes do restante da família e precisava preencher as horas de folga.

"Era um lugar muito solitário, vamos dizer assim. Então, eu passava o meu tempo cozinhando. Não tenho as receitas de cabeça. Eu vejo, e tenho a mão para cozinhar. Faço de tudo. Gosto de fazer bacalhau no forno e uma picanha invertida. Agora estou cozinhando menos e minha mulher fica cobrando".

Betão ficou cinco temporadas no exterior e pode lapidar o talento. Também adquiriu manias. Não gosta de gente dando palpites enquanto cozinha. Ele pede uma hora sozinho para picar os ingredientes, temperar e levar ao fogo. E faz serviço completo. Lava a louça e passa pano na cozinha depois.

Caio Cezar/UOL

Racismo na Ucrânia: "Vovó, o negro fala russo?"

Betão encontrou uma sociedade de extremos na Ucrânia. A maioria pobre e uma elite rica que adorava esnobar com dinheiro. Ele conta que não existe classe média, como no Brasil. O que igualava esta população era não gostar de negros.

"As pessoas me viam com carro bom, negrão e tal. Daí olhavam para mim, olhavam pro carro, olhavam para mim, olhavam para o carro. Mas não falavam nada".

Mas o zagueiro percebia que estavam pensando como um negro podia ter sucesso ou dinheiro. Para não ficar dúvidas sobre racismo, ele cita um caso no supermercado. A reação de uma menina a um negro saber russo é auto-explicativa.

"Para você ver que o racismo vem do berço, eu estava no mercado e cruzei com uma senhora e a neta dela. Eu falo russo e pedi licença. A menina ficou me olhando espantada. Quando passei, ela falou assim: 'Vovó, o negro fala russo'. Eu só olhei, ri e fui".

Ser medido no trânsito ou julgado por falar russo não é o pior que pode acontecer. Betão falou que as pessoas diziam não haver muita resistência ao tom de pele dele.

Falavam que quem eles não gostavam lá eram os africanos, que eram negros de um tom mais escuro, vamos dizer assim."

No Brasil o racismo é pior

Betão não conheceu o racismo quando mudou para Ucrânia. Ele já havia experimentado no Brasil e diz que é ainda pior. "Eu falo para você tranquilamente: é pior do que na Europa. Aqui se tapa o sol com a peneira. Lá eles são escrachados".

O zagueiro reclama de hipocrisia porque a sociedade finge que o problema não existe. Algo que a trajetória dele no esporte desmente. Questionado se já foi xingado em estádios brasileiros, ele é sucinto na resposta: "Já. De macaco".

Betão não acredita que o clube deve ser punido. Argumenta que o torcedor é indomável. "Como o clube vai controlar a boca do torcedor ou como que vai controlar a criação que alguém teve? Isso é de criação. A humanidade tinha que morrer toda e começar do zero".

O jogador defende que as pessoas vítimas de racismo se manifestem. Mas ressalta que não se sente atingido por comentários racistas. "Acho que tem que ser falado mesmo. É ficar dando murro em ponta de faca, mas tem que ser combatido. Mas [racismo] não me fere em nada. Sem querer ser prepotente, eu acho que estou acima de qualquer tipo de preconceito".

Caio Cezar/UOL Caio Cezar/UOL
Caio Cezar/UOL

Jogador vai para Europa por dinheiro e volta "para farra"

Mesmo com racismo, Betão ficou cinco temporadas no Dínamo de Kiev. Jogou quatro Ligas dos Campeões e conquistou cinco títulos nacionais. Ele disse que conseguiu se manter em campeonatos tão competitivos porque foi com esta mentalidade para Europa. Em sua avaliação, o jogador brasileiro vai para o exterior somente para forrar a conta bancária.

"Chega no segundo ano, ele quer ir embora, fala que não se acostumou com o lugar. É porque o pensamento dele estava em ganhar dinheiro, então, a cabeça raciocina: 'Opa, já ganhei dinheiro. Agora, quero voltar para farra no Brasil".

Na opinião de Betão, depois que compra um apartamento, carrão e garante uma vida tranquila para os pais, o atleta começa a reclamar de problemas de adaptação. O zagueiro diz que a carreira e desenvolvimento técnico ficam em segundo plano para a maioria dos brasileiros.

Caio Cezar/UOL Caio Cezar/UOL

"Não curto esse negócio de correntão e relojão"

A mulher de Betão é fisioterapeuta e o casal planeja abrir um negócio em Florianópolis. Os dois planejam fixar raízes na cidade em que ele pretende passar a aposentadoria.

"Eu amo esse lugar. Acho que a maneira de viver do pessoal daqui é muito bacana, totalmente diferente de São Paulo, das grandes capitais em que eu morei. Eu fujo um pouco daquele estereótipo de jogador de futebol. Não curto esse negócio de correntão, relojão, óclão escuro. Nada disso. Quanto mais simples, melhor. Quero bermuda e chinelo".

Betão fala que gosta do estilo de vida dos moradores das praias de Florianópolis mais afastadas do centro. Estas pessoas não olham marca de roupa e ano do carro. Outro ponto em que o zagueiro foge do estereótipo boleiro é nos relacionamentos.

Betão conheceu a mulher quando tinha 17 anos. Eles namoraram quatro anos, teve mais um ano de noivado e um casamento que dura desde 2006. "Eu a conheci quando eu tinha 17 anos, não tinha nem carro ainda. Nos conhecemos na faculdade".

Sossego contrasta com medo do PCC em São Paulo

Betão é filho de um delegado de Polícia Civil. Por mais boa praça que ele descreva o pai, era impossível não se preocupar em 2006, quando o PCC paralisou São Paulo com uma série de ataques. Betão perdeu a paz nestes dias.

"Demorava pra dormir, quando sabia que ele saía, porque, de repente, ligavam no meio da madrugada. 'Por que que ligou? O pai tá saindo?' Você ficava preocupado, tenso com a situação".

Caio Cezar/UOL

Geração atual é muito mimada

Betão viveu muita coisa no futebol e tem autoridade para fazer uma leitura com sobre quem está chegando ao esporte. E ele não gosta muito do que vê. Enxerga uma molecada mimada e egos cada vez inflados por empresários.

"Eles se sentem no direito de dizer 'vou treinar quando eu quiser'. O treinador pede para um menino de 18 anos fazer um complemento, ele não quer fazer. 'Tô cansado', reclamam. O empresário falou que no meio do ano ele vai não sei para onde. Então, os meninos ficam meio que indomáveis".

Betão não vai precisar administrar cabeças assim porque ser técnico é o último emprego que deseja. Não concorda com a instabilidade do cargo. Mas ele aponta suas impressões com o olhar de quem chegou aos 35 anos e experimentou o melhor e o pior do futebol. E gostou bastante. Tanto que ainda tem tesão para querer mais uns anos de bola.

Caio Cezar/UOL Caio Cezar/UOL

Leia mais

Bruna Prado/UOL

Gerson

Quem é o meia que permite ao Flamengo praticar o melhor futebol do Brasil

Ler mais
Leo Caobelli/UOL

Renato

"Ainda não encontrei um jogador que não consegui recuperar" e outros segredos do Grêmio

Ler mais
Caio Cezar/UOL

Douglas

Meia não esconde que gosta de beber e não liga para o apelido Pança de Cadela

Ler mais
Caio Cezar/UOL

Denis

Goleiro diz que faltou suporte do São Paulo ao suceder Ceni (e que torce por Volpi)

Ler mais
Topo