UOL Esporte - Pan 2007
UOL BUSCA

Paraguai

Paraíso dos sacoleiros segue sem ouro no Pan

Arte UOL

Conhecido para os brasileiros como a terra da muamba, que faz a festa de sacoleiros na fronteiriça Ciudad del Este, o Paraguai já foi uma grande potência no continente. Mas em 1º de maio de 1865, três homens tomaram uma decisão que mudaria seu destino. Dom Pedro 2º, do Brasil, Bartolomeu Mitre, da Argentina, e Venancio Flores, do Uruguai, formaram a Tríplice Aliança para combater o Paraguai e impedir os avanços que pretendia o líder paraguaio Solano López.

Até então o Paraguai vivia um momento histórico de glória. Desfrutando dos benefícios de ser uma economia auto-suficiente (com direito a uma nascente indústria), o país se mantinha isolado e contrariava os interesses da então superpotência Grã-Bretanha.

Depois de cinco anos de guerra, a população paraguaia que era de cerca de 800 mil habitantes reduziu-se a 200 mil, a grande maioria mulheres, crianças de colo e idosos. O país, que queria conquistar um acesso ao oceano Atlântico, ainda perdeu 140 mil km² do seu território.

Desde então, o país, que é formado pro 95% de mestiços e mantém como língua oficial o guarani, nunca mais conseguiu deixar de ser uma economia agrária e com poucos recursos minerais.

No esporte não é diferente e isso se revela no total de medalhas que o país obteve em toda sua história dos Jogos Pan-Americanos. Com apenas seis medalhas, cinco delas de bronze, o Paraguai é o 31º do ranking, superando apenas Bolívia, Dominica, Ilhas Cayman, Antígua e Barbuda e São Vicente e Granadinas entre as nações que já subiram ao pódio.

Indício disso é que em muitas edições o Paraguai levou delegações minúsculas. No Pan de Cáli, em 1971, o único atleta do Paraguai foi o nadador Emilio Gasparin, que não passou das eliminatórias dos 200 m medley.

Durante as dez participações do país no Pan, a melhor colocação foi a prata conquistada por Edgar Baumann, no arremesso de dardo nos Jogos de Mar del Plata, em 1995.

Para a edição de 2007, apesar da delegação numerosa, as chances de melhorar o quadro de medalhas são pouquíssimas. Há, porém, três apostas, que podem ser encaradas como três pontas de esperança: o futebol, o futsal e o arremesso de dardo. O primeiro chega ao Brasil com um histórico animador, após a medalha de prata conquistada na Olimpíada de Atenas em 2004.

Já no futsal, a tarefa é um pouco mais difícil, uma vez que a equipe terá que enfrentar a principal equipe favorita, o Brasil. As seleções se enfrentaram duas vezes em amistosos antes do Pan, com duas goleadas para o Brasil (7 a 0 e 5 a 0).

O terceiro nome que pode dar a alegria de uma medalha para o Paraguai é Víctor Fatecha. Considerado o sucessor de Baumann, Fatecha terá que superar os fortes braços cubanos, que terminaram com o ouro nas quatro últimas edições.

Quadro de medalhas do Paraguai

Países OuroOuro PrataPrata BronzeBronze Total
1951 Buenos Aires 0 0 2 2
1987 Indianápolis 0 0 1 1
1995 Mar del Plata 0 1 2 3
TOTAL DE MEDALHAS 0 1 5 6