ESCOLHA UM ATLETA Cassius Duran César Castro Evelyn Winkler Hugo Parisi Juliana Veloso Milena Sae Tammy Galera

No seu segundo Pan-Americano, o brasileiro César Castro cumpriu os prognósticos e ficou com a medalha de prata no trampolim de 3 m. Mas no trampolim sicronizado, ele e Cassius Duran não saíram da última colocação.

A condição de favorito à medalha não é nova para César Castro. Ele já a sustentava no Pan de Santo Domingo-2003, depois de despontar como um dos novos talentos nacionais na modalidade. Na competição da República Dominicana, no entanto, o brasileiro não chegou ao pódio, parando na trave, com um quarto lugar no trampolim de 3 m.

Depois disso, o brasiliense foi finalista olímpico e continuou conquistando bons resultados em competições internacionais, tendo, inclusive, classificado o Brasil para as Olimpíadas de Pequim-2008 no trampolim de 3 metros, ao ser finalista da prova no Mundial de Melbourne, disputado em março deste ano.

Na última competição preparatória para o Pan, o GP de Rostock, na Alemanha, Castro foi o segundo melhor pan-americano. Na prova do trampolim de 3 m (sua especialidade), disputada no dia 22 de junho, o brasileiro terminou na sexta colocação, com 440,55 pontos. À frente dele, o canadense Alexandre Despatie, medalhista olímpico e mundial e um dos grandes nomes para os Jogos do Rio. Ele levou a prata.

Em maio, Castro disputou o GP de Fort Lauderdale e ficou em quarto lugar no trampolim de 3 m, com 442,65 pontos. A prova foi vencida por Troy Dumais (464,10), convocado para o Pan. No Mundial de Melbourne, em março, o brasileiro ficou em oitavo lugar, o que lhe rendeu um convite para participar da World Series, uma nova competição da Federação Internacional de Esportes Aquáticos, que disputada em três etapas, em setembro, com a participação dos melhores do mundo.

Castro começou sua vida de atleta na natação. Aos nove anos de idade, teve o primeiro contato com os saltos ornamentais, quando foi convidado por um amigo para participar dos treinamentos em um clube da cidade. Seu primeiro bom resultado na modalidade aconteceu dois anos mais tarde, quando foi vice-campeão brasileiro infantil.

Ainda conciliando os dois esportes, César ganhou o seu primeiro título brasileiro em 1995. Somente dois anos depois, motivado pela conquista do sul-americano na Colômbia, resolveu se dedicar exclusivamente aos saltos ornamentais. Em 1999, ainda juvenil, faturou seu primeiro Brasileiro adulto.

A partir de 2002, o saltador começou a ter sucesso em competições internacionais e conseguiu dois terceiros lugares em etapas do circuito mundial. No ano seguinte, alcançou o segundo lugar na etapa da Alemanha e se classificou para a Super Final, que reúne os oito melhores do mundo na temporada.

O caminho até as Olimpíadas de Atenas-2004 começou devagar, com uma modesta 14ª colocação na Copa do Mundo de saltos ornamentais. Nos Jogos, contudo, o saltador fez história. Ao se classificar entre os 12 finalistas da prova de trampolim de 3 m, o brasileiro igualou o feito de Mílton Busin, último atleta de saltos ornamentais do país a chegar a uma final olímpica, nos Jogos de Helsinque-1952.

No ano seguinte, Castro foi finalista em duas provas no Mundial de Montreal, ficando em sétimo lugar no trampolim de 3 m e oitavo no trampolim de 3 m sincronizado, com Cassius Duran. Além disso, foi ouro no trampolim de 3 metros no Aberto da Austrália, conquistando o bronze em 2006 e voltando a vencer a competição em 2007. Em março deste ano, terminou na oitava colocação, na mesma prova, no Mundial de Melbourne, resultado garantiu uma vaga para o Brasil nas Olimpíadas do ano que vem.

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