UOL Esporte - Pan 2007
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Nome completo:
Bruno Gonçalves Nolasco

Data e local de nascimento:
04/05/1986, no Rio de Janeiro (RJ)

Peso/Altura:
1,81 m / 94 kg

Residência:
Rio de Janeiro (RJ)

Posição:
Central

Clube:
Guanabara (RJ)

Participações no Pan:
Rio-2007

Campanha no Pan:
Medalha de prata

Bruno Nolasco

Na sua estréia em Jogos Pan-Americanos, Bruno Nolasco ajudou o Brasil na conquista da medalha de prata no torneio masculino de pólo aquático. Na final, o Brasil perdeu dos EUA e repetiu a medalha conquistada em 2003, no Pan de Santo Domingo.

Aos 14 anos, com 1,70 m de altura e "80 e poucos" quilos, Bruno Nolasco era um jovem sedentário. "Eu ficava vendo TV, jogando vídeo game e era gordinho. Aí, um amigo me chamou para ver um treino de pólo do Botafogo e eu gostei", lembra o central que agora vai defender o Brasil no Pan-Americano.

O problema, no início, era que ele não sabia nadar. Mas decidiu enfrentar os dois desafios juntos e entrar direto no pólo. Enfrentou a balança, ficou em forma e, há dois anos, entrou para a seleção brasileira adulta.

"Foi aí que vi que ia mesmo ser jogador. Eu sempre fui fominha, sempre cheguei antes nos treinos. Quando estava na seleção júnior e os mais velhos não apareciam, eu substituía", conta.

A determinação fez valer o investimento para entrar para o clube. Ex-morador da comunidade Ladeira dos Tabajaras (há dois meses mudou para São Clemente), Bruno destoa em uma equipe formada, em sua maioria, por atletas de famílias de classe média.

"Eu morava em uma comunidade carente, que fica entre Copacabana e Botafogo", conta. "Mas dava pra pagar porque, como o pólo não era um esporte visado, a taxa era acessível, custava entre R$ 10 e R$ 20 na época", lembra.

Com isso, o irmão mais velho também pôde praticar o esporte e hoje se prepara para o concurso de salva-vidas. Bruno quer estudar Educação Física para no futuro, ser técnico de pólo. "Estou pensando em estudar nos Estados Unidos, mas é difícil. Posso tentar uma bolsa", torce.

Depois do início no Botafogo, em 99, Bruno defendeu o Guanabara até 2004, quando foi para o Tijuca. Dois anos depois, voltou para o Guanabara, onde atua até hoje. Defendendo o Brasil, Bruno foi participou do Mundial Júnior em 2005, mesmo ano em que foi campeão sul-americano juvenil. Como adulto, ajudou o país a conquistar dois títulos do continente, em 2004 e 2006. E agora se prepara para a competição mais importante de sua carreira até agora, o Pan-Americano.

"Quando joga sul-americano, o Brasil é muito superior. O que a gente precisa é ter intercâmbio sempre com as equipes européias, para melhorar. No Pan, Estados Unidos e Canadá vão vir mordendo, por causa da disputa da vaga olímpica. Serão os rivais mais difíceis", prevê. O campeão pan-americano estará classificado para as Olimpíadas de Pequim, no ano que vem.