UOL Esporte - Pan 2007
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Nome completo:
Thiago Machado Vilela Pereira

Data e local de nascimento:
26/01/1986, em Volta Redonda (RJ)

Peso/Altura:
77 kg / 1,86 m

Residência:
Belo Horizonte (MG)

Prova:
200 m peito, 200 m medley, 400 m medley, 100 m costas, 200 m costas

Participações no Pan:
Santo Domingo-2003; Rio-2007

Campanha no Pan do Rio:
Ouro nos 200 m e 400 m estilo medley; ouro nos revezamentos 4x100 m e 200 m livre; ouro nos 200 m costas e nos 200 m peito; prata no revezamento 4x100 m medley e bronze nos 100 m costas

Thiago Pereira

Em sua primeira final, Thiago Pereira deu show e conquistou a primeira medalha de ouro da natação no Pan-Americano do Rio, o segundo ouro do Brasil. Ele ainda bateu o recorde pan-americano com o tempo de 4min11s14 nos 400 m medley.

Thiago Pereira também esteve na equipe que desbancou os Estados Unidos no revezamento 4 x 200 m livre e conquistou mais uma medalha de ouro na natação dos Jogos do Rio. Além destas provas, Pereira conquistou mais quatro ouros: 200 m medley, 200 m costas, 4 x 100 m livre e 200 m peito.

A sexta vitória representou um recorde para Pereira. Ele superou a marca de cinco ouros que pertencia ao lendário norte-americano Mark Spitz, que ganhou cinco no Pan de 1967, em Winnipeg, e se igualou ao seu compatriota Djan Madruga (três de prata e três de bronze no Pan de San Juan, em 1979) em número de medalhas.

Antes mesmo do Pan do Rio começar, Thiago Pereira já tinha cinco índices para a Olimpíada de Pequim: 200 m peito, 200 m livre, 200 m costas, revezamento 4x200 m e 400 m medley. Além disso, tem a chance de se tornar o atleta com mais medalhas em um único Pan, já que conquistou vaga para as provas dos 100 m costas e 200 m costas, 200 m peito, 200 m e 400 m medley, 4x100 m medley e 4x200 m livre.

"Não sei ainda o que vou nadar no Pan", diz brincando Thiago, surpreso com o próprio desempenho. "Minha única certeza são as provas de medley e peito, mas fora isso ainda vou sentar com meu treinador e ver como dá para conciliar tanta prova."

A boa fase só espanta as críticas do Mundial de piscinas curtas de Xangai de 2006 quando o então campeão mundial dos 200 m medley nem chegou às finais da prova. No Troféu Maria Lenk, ele não só confirmou a vaga, mas com o tempo de 1min58s64, o nadador baixou em um centésimo o recorde sul-americano, que pertencia a ele mesmo.

Os resultados também dissipam dúvidas quanto à decisão de continuar no país treinando, diferentemente de nomes como César Cielo e Lucas Salatta, que estão nos Estados Unidos. O treinador do Minas Tênis Clube, Fernando Vanzella, o acompanha desde o ano passado, e faz as vezes de amigo e até babá do atleta. "A gente tem que ficar em cima, mas no dia-a-dia é muito bom trabalhar com o Thiago. Ele tem esse jeito, reclama pra caramba das coisas, é satírico até, mas na hora de fazer, ele vai e faz."

Além disso, fez o Brasil voltar a ficar entre os melhores do mundo no nado medley, o que não acontecia desde a época em que Ricardo Prado reinava, quando conquistou medalha de prata em Los Angeles-84. Thiago despontou como revelação em 2003, se confirmando entre os melhores do Brasil com medalhas de prata nos 200 m e de bronze nos 400 m medley. Antes disso, conquistou medalha de ouro em uma etapa da Copa do Mundo e disputou o Mundial de Barcelona.

Em Atenas-04, no entanto, ficou longe do fenômeno norte-americano Michael Phelps com o 5º lugar nos 200 m medley e um modesto 17º lugar nos 400 m medley.

Thiago Pereira começou no esporte ainda garoto, no Clube dos Funcionários de Volta Redonda, sua cidade natal. Sua primeira medalha, de bronze, veio aos 12 anos de idade, em uma competição local. Seus bons resultados chamaram a atenção dos treinadores do Minas Tênis Clube que o levaram para Belo Horizonte em 2001. Já no ano seguinte, o nadador representou o Brasil nos Jogos Sul-Americanos e ganhou a medalha de ouro nos 200 m peito.

Até Pequim-08, onde terá a chance de se firmar como substituto de Gustavo Borges, o nadador refuta o apelido de "Phelps brasileiro". "Não penso em comparações. Acho que os recordes estão aí para serem batidos. Vou fazer o máximo para conseguir isso. Mas se não for eu, será outra pessoa", disse.