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País do futebol, Brasil é segunda força no Pan

Arquivo Folha

Time de 1975 revelou atletas como Cláudio Adão e o goleiro Carlos

Oficialmente, o futebol surgiu no Brasil em 1894, quando Charles Miller, de volta da Inglaterra, trouxe duas bolas, chuteiras e as regras do esporte na cabeça. O estudante paulistano difundiu o esporte em São Paulo, por meio do São Paulo Athletic Club. Em 1902, foi disputado o Campeonato Paulista, o primeiro oficial no país.

A primeira entidade nacional de futebol surgiu em 8 de junho de 1914, com a criação da Federação Brasileira de Sports. Dois anos depois, em 5 de dezembro de 1916, ela mudou o nome para Confederação Brasileira de Desportos (CBD). A CBD passou a se chamar Confederação Brasileira de Futebol em 24 de setembro de 1979.

O Brasil é considerado a maior potência mundial. A seleção conquistou cinco títulos da Copa do Mundo (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) e foi vice-campeã duas vezes (1950 e 1998). Nas Olimpíadas, entretanto, o país nunca subiu ao topo do pódio.

A seleção brasileira esteve presente em oito das 14 edições dos Jogos Pan-Americanos. E em apenas uma delas não conquistou medalha (1995, Mar Del Plata, quando caiu nas quartas-de-final diante de Honduras).

Nas outras edições, o Brasil conquistou quatro medalhas de ouro e três de prata -sete no total. Este desempenho coloca o país no segundo lugar do quadro geral de medalhas, só perdendo para a Argentina, que tem seis medalhas de ouro, uma de prata e três de bronze - dez no total.

A estréia da seleção no Pan foi em 1959, em Chicago. A equipe tinha como principal destaque o meia Gérson - que disputou também a Olimpíada de Roma em 1960 e foi campeão mundial pela equipe principal em 1970 - mas acabou levando a medalha de prata na competição, que foi disputada em pontos corridos.

Com quatro vitórias, um empate e uma derrota, o Brasil ficou uma posição atrás da Argentina, que terminou a competição com apenas um empate em seis jogos.

Em 1963, quando a competição foi disputada em São Paulo, os brasileiros, comandados por Carlos Alberto Torres e Jairzinho, conquistaram a primeira medalha de ouro na história do país na modalidade, ao terminar a competição com a melhor campanha (três vitórias e um empate).

A segunda medalha de ouro foi conquistada doze anos mais tarde, na Cidade do México. Em uma final inusitada, México e Brasil acabaram levando o ouro (acabou a luz no estádio Azteca, a partida foi interrompida e o primeiro lugar foi dividido entre as duas equipes). Nomes como Cláudio Adão e Carlos (goleiro da Copa de 1986) participaram desta campanha.

De 1975 para cá, o país conquistou mais duas medalhas de ouro: em 1979 no Pan de Porto Rico ao vencer Cuba na final e em 1987 no Pan dos Estados Unidos ao levar a melhor sobre o Chile na decisão, em uma equipe que tinha como destaques os tetracampeões mundiais Taffarel, Raí e Ricardo Rocha.

No último Pan, em Santo Domingo (2003), o Brasil foi medalha de prata na decisão contra a Argentina, quando perdeu por 1 a 0 e ficou revoltado com a arbitragem - que invalidou um gol legítimo de Dudu Cearense e deixou de marcar um pênalti sobre Vágner Love.

A seleção feminina, por sua vez, participou de uma das duas edições pan-americanas da modalidade. Em Santo Domingo-2003, as brasileiras venceram o Canadá na final da competição, conquistando o ouro inédito.

A partida, que terminou 1 a 1 no tempo normal, foi para a prorrogação, e o Brasil venceu na morte súbita. O triunfo canarinho fez a seleção dividir com os EUA a soberania da modalidade (uma medalha cada um), seguidos pelas mexicanas com uma prata e um bronze.

Para os Jogos do Rio de Janeiro, o futebol masculino do Brasil estará representado pela equipe sub-17, apesar de ser permitido aos países disputarem a competição com suas equipes sub-20 - além de três reforços acima da idade máxima.

A CBF justifica a opção pela sub-17 pela coincidência de datas do Pan e do Mundial Sub-20, o que inviabilizaria a presença dos atletas sub-20 nas duas competições.

No feminino, a seleção se prepara para o Pan em três etapas. Por atuar no exterior, a meia-atacante Marta - eleita a melhor do mundo pela Fifa em 2006 - só estará presente no final da preparação.