Data e local de nascimento:
02/01/1980, em Salvador (BA)
Peso/Altura:
53 kg / 1,57 m
Residência:
Porto Alegre (RS)
Prova:
Sabre
Participações no Pan:
Rio de Janeiro-2007
Campanha no Pan do Rio:
19º no sabre individual
Deise Falci
Para treinar esgrima quase todos os dias e por mais de três horas por dia é preciso muita paixão pelo esporte. Entretanto, para viver de esgrima 24 horas por dia é necessário quase que uma fixação. É o caso de Deise Falci Castro.
Além dos treinos que tomam duas horas diárias da atleta, ela ainda é dona de uma das principais lojas de materiais relacionados à modalidade, além de ser casada com o ex-atleta e técnico da seleção italiana de esgrima, Pier Luigi Chicca.
"É mais do que uma paixão, é um vício", afirma. Vício que começou cedo, aos nove anos, e de uma forma nada convencional. "Minha tia começou a namorar um técnico de esgrima e então ela queria chamar gente para a escolinha. Chamou todos meus primos, mas ninguém se interessou. Eu estava na fila para treinar tênis, mas resolvi ver como era".
A decisão ia contra a vontade da mãe. "Ela dizia que era coisa de menino". Mas quem foi obrigada a ceder foi a própria mãe, que depois ainda apoiava a filha nas competições.
A evolução de Deise foi rápida, com dois meses no esporte a vitória em um campeonato estadual foi essencial para que ela continuasse firme no esporte. "O pessoal do meu clube me incentivou, disse que eu levava jeito". Ela acreditou em com 17 anos estava viajando para a Itália, onde passaria um tempo de treinamento. "O pessoal do meu clube que organizou. Nós pagamos do próprio bolso", conta a esgrimista que disse que mais gastou dinheiro com a esgrima do que recebeu.
Veio desse prejuízo constante a idéia de montar uma loja de produtos especializados. "Quando fui pela Itália pela segunda vez, muita gente me pedia equipamentos, então resolvi montar uma loja aqui no Brasil". Agora, fabricando roupas de treino e malas de esgrima, Deise ganha seu dinheiro.
Para ela, o ano de 2007 tem um gosto especial: o de retornar às competições depois de quatro anos. "Minha última competição internacional foi o Sul-Americano de 2003, que fiquei em segundo lugar do sabre". O motivo da ausência de tanto tempo foi seu posicionamento perante uma questão polêmica: a obrigatoriedade da corrida como forma de classificação.
Contrária à determinação imposta pela CBE, Deise não correu em muitas seletivas e acabou fora por todo esse tempo. Dessa vez a vontade de participar do Pan a motivou a treinar, mesmo com problemas no joelho direito. "Os médicos me disseram para parar de correr, mas decidi ir em frente", afirma Deise, que quando corre ainda sente dores.
Por considerar sua preparação inadequada para a esgrima, Deise chegou ao Pan do Rio sem grandes expectativas, e de fato não teve um bom resultado. Ficou apenas na 19ª posição na prova individual do sabre.
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