Achei um problema de julgamento com o Gabriel Medina, diz Rico de Souza
O ex-surfista profissional Rico de Souza, que foi julgador de competições importantes, como o Pipeline Masters, analisou a avaliação dos juízes em relação à semifinal dos Jogos Olímpicos de Tóquio entre o brasileiro Gabriel Medina e o japonês Kanoa Igarashi durante sua participação no programa UOL News Olimpíadas e considerou que o julgamento não foi correto.
Rico disse que chamou a atenção o contraste entre as notas de julgadores, ressaltando que a diferença geralmente é menor do que 2 pontos, enquanto houve no caso da disputa entre Medina e Igarashi uma diferença de 2,5. Além disso, ele cita os aéreos do brasileiro sem usar as mãos na prancha, que deveriam ter uma avaliação maior.
"O que eu achei errado, se eu não estou enganado, teve um juiz que deu 10 e um que deu 7,5. Não pode ter esse tipo de contraste, você pode ter um 7,5 e 8 e 8,5, uma diferença assim pequena, mas diferença de mais de 2 pontos não cabe", afirmou Rico.
"E também os aéreos que o Medina dá, todos os aéreos são sob controle, sem a mão na borda. Quando você usa a mão na borda, perde um pouco a beleza, você ter a mão na borda te traz um pouco mais de controle, eu acho que sem a mão na borda valoriza mais, mas o fato que dói para os brasileiros, dói para todo mundo, mas é um fato que aconteceu", completou.
Rico ressaltou também que é sempre difícil o julgamento de uma competição, motivo pelo qual há a necessidade de tantos juizes e métodos.
"Julgamento sempre é polêmico. Eu já julguei Pipeline Masters, já julguei campeonatos internacionais, eu não gosto muito de julgar, julgar é uma função difícil e delicada. Aí, no caso, o Medina, eu acho que teve um problema de julgamento, mas é muito difícil você julgar, para isso que tem sete juízes, dois descansam, corta a maior nota, corta a menor nota para ter uma média", concluiu.
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