| 29/08/2004 - 12h02 Falavigna cai na disputa do bronze diante de venezuelana Da Redação Em São Paulo Por pouco o taekwondo brasileiro não conseguiu a décima medalha brasileira nos Jogos Olímpicos de Atenas. Neste domingo, Natália Falavigna foi derrotada pela venezuelana Adriana Carmona por 9 pontos a 4 na disputa da medalha de bronze na categoria pesado, acima de 67kg.
| | Natalia Falavigna (esq) tenta golpe em luta que a levou a disputa do bronze | No primeiro round, as duas adversárias se estudaram e atacaram com cautela. A postura precavida das oponentes fez o árbitro do combate advertir Falavigna e Carmona por falta de combatividade.
Na seqüência, a lutadora da Venezuela conseguiu passar pela guarda da brasileira, abrindo vantagem de 4 a 1. No round final, Falavigna partiu para cima logo nos primeiros segundos e acabou expondo a defesa.
Carmona aproveitou a situação e praticamente definiu a vitória encaixando dois golpes em contra-ataques. Mesmo com duas punições, a venezuelana completou o combate com vantagem suficiente para assegurar o bronze.
"Ela (Carmona) me agarrava muito, eu tentava sair, mas não conseguia, ela é muito forte. Realmente não fui bem. Ela mereceu a medalha", comentou a brasileira após o combate.
Falavigna havia estreado com vitória tranqüila sobre a australiana Tina Morgan, terceira colocada no último Mundial. Depois, nas quartas-de-final, a brasileira passou com boa folga no placar pela belga Laurence Rase.
Na semifinal, no entanto, a paranaense não resistiu à técnica da chinesa Chen Zhong, atual campeã olímpica, perdendo as chances de ouro e prata. Já na chave da repescagem, Falavigna derrotou a italiana Daniela Castrignano e assegurou presença na disputa pelo bronze.
Campeã mundial júnior em 2000 na Irlanda, Natália Falavigna disputou em Atenas sua primeira Olimpíada, realizando um sonho de infância.
"Em 1988, eu tinha quatro anos, mas lembro do Aurélio Miguel (ouro no judô em Seul). A partir dali, eu sempre tive a vontade de me tornar uma campeã", contou a atleta ao UOL Esporte antes de viajar para a Grécia.
A paranaense de 20 anos foi a terceira representante do Brasil a participar das competições de taekwondo na Grécia.
Antes, Marcel Wenceslau parou na primeira rodada da categoria mosca ao ser derrotado pelo egípcio Tamer Bayoumi. Depois, Diogo Silva foi bem entre os penas, até cair na decisão do bronze diante do sul-coreano Myeong Seob Song.
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