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28/08/2004 - 18h33
Argentina ganha o primeiro ouro sul-americano no basquete

Da Redação
Em São Paulo

No ano em que o basquete masculino viu o fim da mística do "Dream Team", o melhor time venceu as Olimpíadas. A Argentina, usando uma base talentosa de jogadores que atua junta desde a adolescência, ficou com a medalha de ouro. Os "hermanos" venceram, por 84 a 69, na primeira final olímpica de sua história, a Itália, que surpreendeu na semifinal, mas não conseguiu assustar na decisão.

Reuters 
Manu Ginóbli e Walter Hermann comemoram o título; veja fotos
A base da seleção Argentina cresceu junta no esporte. Manu Ginóbili, Pepe Sanchez, Gabriel Fernandez, Leonardo Gutierrez e Fabrício Oberto tem menos de dois anos de diferença entre eles. Luis Scola, Andrés Nocioni e Walter Hermann também.

Ainda jovens, primeiro eles acabaram com a supremacia brasileira no continente. Depois, conquistaram títulos sul-americanos e pan-americanos. O ápice, até este sábado, tinha sido o vice-campeonato mundial em 2002. Uma campanha que incluiu a primeira derrota da história dos profissionais da NBA, que começaram a disputar partidas internacionais em 1992.

O segredo de tanto sucesso é a manutenção da base. O técnico Rubén Magnano mudou só dois jogadores em relação ao time que foi ao Mundial de Indianápolis. Um jogador da NBA, o armador Carlos Delfino, quase ficou de fora. Teve de vencer, ao lado de Walter Hermann, um campeonato sul-americano para provar que poderia ficar com uma vaga.

Além disso, Manu Ginóbili provou que, fora dos Estados Unidos, é um dos melhores do mundo. Ele carregou a Argentina Contra os EUA, por exemplo, marcou 29 pontos. Neste sábado, foram apenas 16.

Seus pontos, porém, não fizeram falta. Ao contrário de outros times, que perdem o rumo quando sua estrela não aparece, os argentinos tinham um plano B. Um não, vários. Durante as Olimpíadas, quando Ginóbili não funcionou, o ala-pivô Luis Scola, cestinha da decisão, com 25 pontos, o armador Pepe Sanchez ou o ala Andrés Nocioni assumiram a responsabilidade.

Na partida deste sábado, eles mostraram essa superioridade. Mesmo com os valentes italianos, precisos da linha dos três pontos, não ficaram atrás em nenhum momento do primeiro tempo. No segundo, quando os italianos passaram à frente no placar, foi por apenas uma posse de bola. A maior vantagem foi de três pontos.

A Argentina, por sua vez, chegou a abrir 15 pontos no jogo e controlou muito bem todas as reações italianas no último período. Um dos motivos para isso foi o domínio nos rebotes.

Mesmo sem seu pivô titular, Oberto, que se contundiu contra os EUA, os "hermanos" 12 rebotes a mais do que os italianos. O principal responsável por isso foi Scola. Com 24 anos, ele foi o cestinha da final, com 25 pontos, e o maior reboteiro, com 11.

Em um mesmo dia em Atenas, a Argentina conquistou muito mais do que em 52 anos em Olimpíadas. O ouro do basquete masculino se junta ao título do futebol masculino, também neste sábado, na madrugada (de Brasília). O último título olímpico dos "hermanos" tinha sido no remo, em Helsinque.

O resultado também deixa os argentinos na frente do Brasil no quadro histórico de medalhas olímpicas. Mas só por uma noite. Os "hermanos" fecham este sábado com 15 medalhas de ouro e 23 de prata. O Brasil só tem 15 de ouro e 222 de prata, sem computar, entretanto, a decisão do vôlei masculino, neste domingo.

Com a medalha, mesmo de prata, os brasileiros passam os argentinos por causa do número de bronzes e ficam na frente até Pequim-2008.

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