| 27/08/2004 - 15h50 Argentina elimina os Estados Unidos na semifinal olímpica Da Redação Em São Paulo | | Walter Hermann foi um dos argentinos que derrubou o Dream Team; veja fotos | Os Estados Unidos acordaram nesta sexta-feira de um sonho. O ex-"Dream Team", um dia depois de eliminar a Espanha, perdeu mais uma vez nas Olimpíadas, 89 a 81 para a Argentina, e vai disputar a medalha de bronze em Atenas-2004.
A autora do feito, a seleção argentina, já está se especializando em acabar com "times dos sonhos". Foram os "hermanos" que mataram a invencibilidade da seleção norte-americana com profissionais da NBA.
Em 2002, eles venceram, na segunda fase do Mundial de Indianápolis, dentro dos Estados Unidos, um time formado por jogadores de segunda linha da liga norte-americana. Comandados por Manu Ginóbili, os argentinos venceram por 87 a 80. Desde 1988 os EUA não perdiam.
A derrota iniciou uma sequência de fracassos. Perdeu mais duas vezes no Mundial, para Sérvia e Montenegro e Espanha. Perdeu também um amistoso para a Itália e duas partidas em Atenas, para Porto Rico e Lituânia.
Antes, os EUA só tinham perdido duas vezes em toda a história dos Jogos. Uma, na final dos Jogos de Munique, em 1972, para a União Soviética. A outra, nas semifinais de Seul-1988, novamente para os soviéticos.
Agora, os norte-americanos enfrentam a Lituânia, que foi surpreendida pela Itália. A Argentina faz sua primeira decisão olímpica. A única vez em que eles chegaram às semifinais foi em Helsinque-1952, quando ficaram com o quarto lugar.
Nesta sexta, desde o início a Argentina acreditou que podia vencer, algo que faltou à Espanha, nas quartas-de-final. Logo no primeiro quarto, a equipe abriu quatro pontos de vantagem
Atrás no placar, os EUA mostraram as falhas que se tornaram características do ex-"Dream Team": falta de bons arremessadores e problemas para enfrentar a defesa em zona.
Os EUA ainda chegaram a encostar no segundo quarto, mas não passaram na frente. Os argentinos, no intervalo, ainda estavam na frente, 43 a 38.
O intervalo não mudou muita coisa. Em pouco tempo, o pivô Tim Duncan fez sua quarta falta (ele foi eliminado com cinco no quarto período). Sem seu principal jogador, os EUA ainda conseguiram diminuir a vantagem, que chegou a cinco pontos, em um período em que os argentinos ficaram quatro minutos sem pontuar.
A Argentina chegou aos últimos dez minutos com 70 a 57 no placar. Mesmo com uma marcação muito mais forte e contanto com a colaboração dos juízes em alguns lances, os norte-americanos não conseguiram tirar a vantagem. No último minuto, a torcida grega chegou até a gritar "Olé".
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