(Reuters) - A lenda norte-americana do tênis Serena Williams disse que teria sido suspensa por 20 anos e destituída de seus títulos de Grand Slam se tivesse sido pega em um exame antidoping como aconteceu com o número um do mundo masculino, Jannik Sinner, no ano passado.
Sinner aceitou uma suspensão de três meses em fevereiro, após um acordo com a Agência Mundial Antidoping (WADA), que contestou a decisão de um tribunal independente de inocentá-lo de irregularidades após dois testes positivos para o agente anabólico clostebol.
"Eu amo o cara, amo esse jogo", disse Williams, que se aposentou em 2022 depois de ganhar 23 troféus de Grand Slam, à revista Time.
"Ele é ótimo para o esporte. Já fui muito rebaixada, não quero rebaixar ninguém. O tênis masculino precisa dele", disse.
"Mas se eu tivesse feito isso, teria pego 20 anos. Vamos ser honestos. Os Grand Slams teriam sido tirados de mim."
A Reuters entrou em contato com a equipe de Sinner e com a Wada para comentar.
O atual campeão do Aberto da Austrália e do Aberto dos EUA, Sinner, cuja suspensão terminará em 4 de maio, sempre manteve sua alegação de inocência, embora seu caso tenha levantado questões sobre se ele havia recebido tratamento preferencial das autoridades.
O caso de Iga Swiatek também causou certa surpresa, pois a número dois do mundo feminino aceitou uma suspensão de um mês em novembro após testar positivo para a substância proibida trimetazidina.
Ex-número um do mundo, Simona Halep também foi suspensa, apesar de negar ter tomado conscientemente a droga proibida roxadustat, e sua suspensão de quatro anos foi reduzida para nove meses em 2024 após um recurso na mais alta corte do esporte.
Serena também disse que tomou cuidado extra com o que colocava em seu corpo durante sua carreira para evitar ingerir algo que a colocasse em apuros.
(Reportagem de Shrivathsa Sridhar, em Bengaluru)
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