Esgrimista e arqueira olímpicas grávidas enviam mensagem de força para mulheres
Por Sophie Penney
PARIS (Reuters) - Quando uma esgrimista egípcia pegou seu sabre e uma arqueira azerbaijana firmou seu arco, havia uma coisa que os espectadores das Olimpíadas de Paris talvez não tenham notado imediatamente: elas estão grávidas.
Embora Nada Hafez não tenha saído com uma medalha na esgrima, ela disse que sua jornada em Paris serviu como prova para si mesma de que poderia superar os desafios, além de ser um exemplo positivo para seu filho e uma mensagem para outras mulheres.
"Você não está doente, está apenas grávida. E você pode fazer o que quiser e é muito forte", disse Hafez à Reuters, em sua primeira entrevista em inglês depois de revelar que estava grávida de sete meses de "um pequeno atleta olímpico" em um post no Instagram. "Nossos corpos podem nos surpreender."
Yaylagul Ramazanova, do Azerbaijão, foi eliminada nas oitavas de final do tiro com arco, mas a experiência também validou seus esforços.
"Isso prova que as mulheres podem sempre buscar seus objetivos, dando-lhes força", disse ela à Reuters.
Ainda assim, competir durante o terceiro trimestre de gravidez não foi algo sem preocupações para Hafez, até que uma consulta com seu médico lhe deu confiança.
"É claro que eu estava feliz com a minha gravidez, como qualquer mãe, mas, ao mesmo tempo, estava com medo de perder meu sonho de ir para Paris 2024", disse ela, acrescentando que seu médico lhe garantiu que o esporte poderia ser benéfico tanto para ela quanto para a saúde do bebê.
"Então, isso mudou toda a minha perspectiva sobre as Olimpíadas e eu disse a mim mesma que conseguiria", declarou Hafez.
A esgrimista tem muito o que esperar enquanto se acomoda em casa.
"Mal posso esperar para ver meu bebê e contar todas as histórias e tudo o que aconteceu nas Olimpíadas", disse ela. "E acho que meu bebê ficaria muito orgulhoso disso."
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