Russa critica horário de finais da natação em Olimpíada 'injusta'
A nadadora russa Yulia Efimova criticou o horário das finais da natação por conta de exigências do horário nobre da televisão dos Estados Unidos. As disputas por medalha ocorrem no período da manhã (horário local), com classificatórias à noite.
Além disso, a russa chamou as Olimpíadas de Tóquio de injustas por causa do número de atletas que ficaram de fora.
"Infelizmente, no nosso mundo, o dinheiro decide tudo, e eles não prestam atenção aos interesses dos atletas", disse ela ao site "Matchtv.ru".
"Teríamos resultados melhores se tivéssemos as finais à noite. Recordes mundiais seriam quebrados. Mas também é interessante, porque a imprevisibilidade cresce (pela manhã)", completou.
Ela ainda reclamou das restrições aos russos por conta do escândalo de doping. Como o país está proibido de disputar as Olimpíadas, os atletas competem sob bandeira da Federação Russa.
"Estou chateada que seja impossível ir a qualquer lugar. Muitos atletas estão suspensos das competições. Isso é uma Olimpíada injusta, quando nem todos estão competindo", falou.
A atleta de 29 anos não detalhou sua declaração, mas muitos atletas ficaram fora dos Jogos depois de terem testes positivos para a Covid-19.
Em sua quarta Olimpíada, Efimova tornou-se uma figura controversa nos Jogos do Rio, em 2016, depois de ser chamada pela norte-americana Lilly King - que seria a medalhista de ouro nos 100 metros nado peito - de trapaceira do doping.
A russa, que ficou suspensa por 16 meses de outubro de 2013 a fevereiro de 2015 depois de testar positivo para um esteróide anabolizantes, ficou com a medalha de prata naquela ocasião. As duas voltarão a se enfrentar em Tóquio na terça-feira, na final da mesma prova.
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