Marca histórica e medalha inédita para o Brasil: o 4º dia das Paralimpíadas
O dia foi de marca expressiva e medalha inédita na história do Brasil nas Paralimpíadas. O país chegou a 400 pódios nos Jogos, e viu a banderia ser hasteada pela primeira vez no tiro esportivo.
Na busca pelo hexa, o futebol de cegos estreou com vitória, e o time verde e amarelo vai enfrentar os donos da casa nesta segunda-feira.
Marca histórica
O Brasil chegou a 400 medalhas na história dos Jogos Olímpicos. A marca veio com o bronze de André Rocha no lançamento de disco da classe F52 (atletas que competem sentados). Alcançou o pódio com 19,48m — o ouro foi para o italiano Rigivan Ganeshamoorthy, que lançou 27,06 m e bateu recorde mundial da prova, e a prata com o letão Aigars Apinis, com 20,62
Que bacana ser a medalha 400. Estou feliz. Não fiz uma boa prova, tenho marcas superiores, mas estar nas Paralimpíadas era um sonho, e é um momento único. Surreal estar vivendo tudo isso aqui André Rocha
Alan Fonteles e Vinícius Rodrigues (que participou do reality show BBB), dois dos nomes mais conhecidos do paratletismo brasileiro, avançaram às finais das respectivas provas. Fonteles briga por medalha nos 100m T64 (amputados de membros inferiores com prótese), enquanto Vinícius na T63 (amputados de membros inferiores com prótese)
Medalha inédita
Alexandre Galgani conquistou o primeiro pódio do Brasil no tiro esportivo na história das Paralimpíadas. Ele levou a prata na prova R5 Carabina de Ar - 10 m - Posição Deitado Misto SH2 (atiradores que precisam de suporte para a arma).
O atleta marcou 254,2 pontos. O ouro ficou com Tanguy de la Forest (255,4 pontos), da França, e o bronze foi para Mika Mizuta (232,1 pontos), do Japão. Esta é a terceira participação de Alexandre em Jogos Paralímpicos — foi o único brasileiro em Tóquio, quando ficou em 10º.
Desde quando eu comecei no tiro, sempre me dediquei ao máximo para conseguir brilhar e fui plantando, plantando, plantando... Hoje consegui colher. São 11 anos me dedicando, praticamente, todo dia. Não atingi a minha meta, que é o ouro, mas bati na trave, mas vou continuar na luta Alexandre Galgani
Mais medalhas na natação
O Brasil voltou a ter representantes no pódio na natação, uma das modalidades na qual o país tem sido mais vencedor em Paris. Foram dois bronzes ao longo do dia.
Lídia Cruz ficou com a terceira colocação nos 150m medley SM 4, destinada a atletas com limitações físico-motoras. Ela fez a prova em 2m57s16, o novo recorde das Américas. A alemã Tanja Scholz ganhou o ouro, com 2min51s31, e Natalia Butkova, sob bandeira neutra, a prata, com 2min54s68.
A outra medalha foi no revezamento 4×100 livre S14 (atletas com deficiência intelectual). Arthur Xavier Ribeiro, Gabriel Bandeira, Beatriz Borges Carneiro e Ana Karolina Soares de Oliveira fizeram a prova em 3m47s49 e também estabeleceram o novo recorde das Américas. O time brasileiro ficou atrás da Grã-Bretanha (3min43s05) e Austrália (3min46s37).
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Pentacampeão no futebol de cegos, o Brasil estreou com vitória por 3 a 0 sobre a Turquia — gols de Nonato, duas vezes de pênalti, e Jefinho. Nesta segunda-feira, a equipe enfrenta a França, dona da casa, que venceu a China por 1 a 0.
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